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Lubrificação do canhão de ignição
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Lubrificação do canhão de ignição
Pois é... a PIX é uma fofinha mas não sei se por causa deste tempo idiota que tem estado tenho tido alguma dificuldade em colocar a chave no canhão de ignição. A chave entra bem, mas é o último click que custa, e eu faço os possíveis por não forçar.
O que é recomendado para lubrificar o canhão de fechaduras é pó de grafite (e não WD40 como eu descobri recentemente ao investigar esta questão). Alguém sabe onde se compra?
Abraço
O que é recomendado para lubrificar o canhão de fechaduras é pó de grafite (e não WD40 como eu descobri recentemente ao investigar esta questão). Alguém sabe onde se compra?
Abraço
Dissidente- Mensagens : 5650
Data de inscrição : 18/04/2011
Mota : Yamaha XJ6 Diversion / Kawasaki ER-6n || Ex: Daelim Roadwin 125 FI
Re: Lubrificação do canhão de ignição
para lubreficar o meu canhao e vaselina que eu meto liquida ou em massa compra bisnaga na farmacia
Carlos Alexandre- Mensagens : 6428
Data de inscrição : 04/02/2011
Mota : kymco downtown 125i--kymco downtown 300 i
Re: Lubrificação do canhão de ignição
Como de costume, começo sempre por dizer que não sou especialista no assunto e, como tal, o que digo são "considerações gerais" ou fruto da minha experiência (o que geralmente incomoda os mais apressados, porque só querem saber o que fazer numa situação concreta, mesmo que depois voltem a fazer a mesma pergunta para uma situação ligeiramente diferente; mas não faz mal porque toda a gente sabe que "o Dias é chato").
Os lubrificantes servem, entre outras coisas, para criar uma película entre duas superfícies de modo a diminuir o atrito de escorregamento entre elas (se querem uma imagem, o lubrificante deve criar uma camada com uma espessura maior do que as irregularidades das superfícies, de modo a que não se toquem; é como se levitassem). Como se houver atrito as superfícies aquecem e têm tendência a derreter e a soldar-se uma à outra, os lubrificantes podem ser oxidantes, porque os óxidos têm ponto de fusão elevado e (quimicamente falando) os óxidos não gostam de se soldar (quem já fez soldaduras sabe que a primeira coisa a fazer na preparação das peças é remover os óxidos).
A pergunta que toda a gente deve estar a fazer nesta altura é "mas porque é que o mesmo lubrificante não serve para todas as aplicações?".
Para responder, é preciso começar por falar em "viscosidade".
Como eu tenho horror àquelas explicações que vêm nos livros, explico assim: Toda a gente tem uma ideia do que é um sólido ideal (uma coisa que não se deforma) e toda a gente tem uma ideia do que é um líquido ideal (uma coisa que, para além da inércia, não precisa de força para se deformar). As más notícias são que não existem sólidos nem líquidos ideais!
Já experimentaram a pôr mel no pão?... A gente bem faz força mas não escorre! Isso é a viscosidade!
Com os lubrificantes é a mesma coisa e, como para todas as outras coisas, isto têm um lado bom e um lado mau. Quanto maior for a pressão entre as superfícies em contacto ou as suas irregularidades, maior tem que ser a viscosidade do lubrificante para que as superfícies levitem sem contacto, mas maior será a força que é preciso fazer, logo a energia que se perde.
Já alguma vez meteram o pé em cima de uma casca de banana?
Escorrega que se farta até se gastar. Conclusão: é preciso uma "bomba de óleo" para repor o lubrificante que se vai embora.
Infelizmente, lubrificantes como os óleos têm dois problemas:
- A viscosidade depende da temperatura.
- Agarram poeira, que não só não é lubrificante como é abrasiva.
Felizmente, há outra coisa, a grafite, que é um sólido um pouco estranho: é composto por "folhas" (cada uma delas com uma resitência mecânica semelhante à do diamante) que escorregam umas sobre as outras como se fossem um líquido e quase que não tem limitações de temperatura. Como é um sólido, não agarra poeira, mas, como é feita de "folhas", e ao contrário dos óleos, não penetra facilmente em espaços em que não seja inicialmente aplicada (a menos que seja misturada com um óleo!!!).
Mas voltemos ao tópico: O que é recomendado para lubrificar canhões de fechaduras?
- Grafite não acumula poeira, mas não entra entra para dentro dos roletes (cilindros) dos canhões "Yale", o que quer dizer que não vai lubrificar o que interessa.
- Grafite, apesar de não agarrar poeira, não impede a poeira de entrar para os roletes.
- Vaselina, apesar de ser provavelmente a melhor coisa para travar a poeira, não vai conseguir chegar aos roletes, logo lubrificá-los, a menos que seja aplicada com o canhão bem quente (> 40ºC).
- Óleo de máquina (de costura), vulgo parafina líquida, é suficientemente "fino" para chegar facilmente aos roletes (mergulhem a chave no óleo, metam-na no canhão, rodem para a direita e para a esquerda, repitam o procedimento 2-3 vezes e vão notar logo a diferença). O problema é que, como é pouco viscoso (o WD40 ainda é menos), facilmente se vai embora mas entretanto pode agarrar muita poeira.
- Óleo de motor, é uma coisa intermédia entre óleo de máquina e vaselina, o que quer dizer que tem 50% das vantagens e dos inconvenientes dos dois!
VENHA O DIABO E ESCOLHA.
Da minha experiência (com as X-Max, que têm a entrada do canhão virada para cima):
Óleo de máquina + uma tampa (que pode ser uma "bola" de papel de cozinha) a tapar a entrada do canhão.
NOTA IMPORTANTE (do meu ponto de vista):
A maior parte dos canhões de ignição têm uma "chapinha" que impede a entrada de poeira (é uma espécie de "porta" que só se deve abrir quando se mete a chave). Geralmente os problemas com o canhão começam quando a tal chapinha fica sempre aberta. Como a chapinha é muito leve, tem que ser lubrificada com óleo "fino". Portanto, continuo na minha: óleo de máquina... mas verifiquem se a chapinha tapa a entrada da fechadura quando se tira a chave!
Os lubrificantes servem, entre outras coisas, para criar uma película entre duas superfícies de modo a diminuir o atrito de escorregamento entre elas (se querem uma imagem, o lubrificante deve criar uma camada com uma espessura maior do que as irregularidades das superfícies, de modo a que não se toquem; é como se levitassem). Como se houver atrito as superfícies aquecem e têm tendência a derreter e a soldar-se uma à outra, os lubrificantes podem ser oxidantes, porque os óxidos têm ponto de fusão elevado e (quimicamente falando) os óxidos não gostam de se soldar (quem já fez soldaduras sabe que a primeira coisa a fazer na preparação das peças é remover os óxidos).
A pergunta que toda a gente deve estar a fazer nesta altura é "mas porque é que o mesmo lubrificante não serve para todas as aplicações?".
Para responder, é preciso começar por falar em "viscosidade".
Como eu tenho horror àquelas explicações que vêm nos livros, explico assim: Toda a gente tem uma ideia do que é um sólido ideal (uma coisa que não se deforma) e toda a gente tem uma ideia do que é um líquido ideal (uma coisa que, para além da inércia, não precisa de força para se deformar). As más notícias são que não existem sólidos nem líquidos ideais!
Já experimentaram a pôr mel no pão?... A gente bem faz força mas não escorre! Isso é a viscosidade!
Com os lubrificantes é a mesma coisa e, como para todas as outras coisas, isto têm um lado bom e um lado mau. Quanto maior for a pressão entre as superfícies em contacto ou as suas irregularidades, maior tem que ser a viscosidade do lubrificante para que as superfícies levitem sem contacto, mas maior será a força que é preciso fazer, logo a energia que se perde.
Já alguma vez meteram o pé em cima de uma casca de banana?
Escorrega que se farta até se gastar. Conclusão: é preciso uma "bomba de óleo" para repor o lubrificante que se vai embora.
Infelizmente, lubrificantes como os óleos têm dois problemas:
- A viscosidade depende da temperatura.
- Agarram poeira, que não só não é lubrificante como é abrasiva.
Felizmente, há outra coisa, a grafite, que é um sólido um pouco estranho: é composto por "folhas" (cada uma delas com uma resitência mecânica semelhante à do diamante) que escorregam umas sobre as outras como se fossem um líquido e quase que não tem limitações de temperatura. Como é um sólido, não agarra poeira, mas, como é feita de "folhas", e ao contrário dos óleos, não penetra facilmente em espaços em que não seja inicialmente aplicada (a menos que seja misturada com um óleo!!!).
Mas voltemos ao tópico: O que é recomendado para lubrificar canhões de fechaduras?
- Grafite não acumula poeira, mas não entra entra para dentro dos roletes (cilindros) dos canhões "Yale", o que quer dizer que não vai lubrificar o que interessa.
- Grafite, apesar de não agarrar poeira, não impede a poeira de entrar para os roletes.
- Vaselina, apesar de ser provavelmente a melhor coisa para travar a poeira, não vai conseguir chegar aos roletes, logo lubrificá-los, a menos que seja aplicada com o canhão bem quente (> 40ºC).
- Óleo de máquina (de costura), vulgo parafina líquida, é suficientemente "fino" para chegar facilmente aos roletes (mergulhem a chave no óleo, metam-na no canhão, rodem para a direita e para a esquerda, repitam o procedimento 2-3 vezes e vão notar logo a diferença). O problema é que, como é pouco viscoso (o WD40 ainda é menos), facilmente se vai embora mas entretanto pode agarrar muita poeira.
- Óleo de motor, é uma coisa intermédia entre óleo de máquina e vaselina, o que quer dizer que tem 50% das vantagens e dos inconvenientes dos dois!
VENHA O DIABO E ESCOLHA.
Da minha experiência (com as X-Max, que têm a entrada do canhão virada para cima):
Óleo de máquina + uma tampa (que pode ser uma "bola" de papel de cozinha) a tapar a entrada do canhão.
NOTA IMPORTANTE (do meu ponto de vista):
A maior parte dos canhões de ignição têm uma "chapinha" que impede a entrada de poeira (é uma espécie de "porta" que só se deve abrir quando se mete a chave). Geralmente os problemas com o canhão começam quando a tal chapinha fica sempre aberta. Como a chapinha é muito leve, tem que ser lubrificada com óleo "fino". Portanto, continuo na minha: óleo de máquina... mas verifiquem se a chapinha tapa a entrada da fechadura quando se tira a chave!
Dias- Mensagens : 5626
Data de inscrição : 16/06/2010
Mota : Yamaha Cygnus RS (e Hyosung GV650iPro)
Re: Lubrificação do canhão de ignição
pois e dias mas eu tenho vaselina liquida a assim penetra
Carlos Alexandre- Mensagens : 6428
Data de inscrição : 04/02/2011
Mota : kymco downtown 125i--kymco downtown 300 i
Re: Lubrificação do canhão de ignição
A enciclopédia do Dias sempre em altas
Bem, realmente dessa exposição inclino-me para o óleo de máquina ou para a vaselina líquida.
Tirei o cavalinho da chuva no que respeita ao WD40 após ter lido um artigo que sugeria que desgastava prematuramente os componentes do canhão, em especial os roletes.
Curiosamente desde ontem que a chave já entra muito melhor, sem aquele último click a custar. Vamos ver como fica nos próximos dias. Entretanto acho que o meu pai tem óleo de máquina lá por casa para colocar um bocadito na chave.
Bem, realmente dessa exposição inclino-me para o óleo de máquina ou para a vaselina líquida.
Tirei o cavalinho da chuva no que respeita ao WD40 após ter lido um artigo que sugeria que desgastava prematuramente os componentes do canhão, em especial os roletes.
Curiosamente desde ontem que a chave já entra muito melhor, sem aquele último click a custar. Vamos ver como fica nos próximos dias. Entretanto acho que o meu pai tem óleo de máquina lá por casa para colocar um bocadito na chave.
Dissidente- Mensagens : 5650
Data de inscrição : 18/04/2011
Mota : Yamaha XJ6 Diversion / Kawasaki ER-6n || Ex: Daelim Roadwin 125 FI
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