Dúvidas na compra de mota

Helder Cruz escreveu:Não penses pequeno. Uma Diversion 600 nunca será demasiada mota para ninguém! 
Uma CB500 é máquina para a vida, mas estas a racionalizar demasiado.
Vê a que te faz mais feliz e compra, nova, em 2ª mão como bem entenderes, mas a que gostas!

Provavelmente tens razão, em tudo o que dizes Hélder, sou capaz de comprar algo "pequeno" e querer um pouco mais passado uns tempos mas como nunca fui grande adepto de velocidades pode ser que não seja esse o caso. 

E sim, estou a racionalizar muito  

E mesmo que compre a mota que mais goste, ou mais correto, a que ache que goste, passado uns tempos poderei querer mudar para um estilo diferente e aí tá tudo estragado. Mas para já é será só uma brincadeira para fazer umas viagens (com interesse para ver os parques, as serras e as nossas nacionais). Obrigado

Uma 600 não oferece apenas mais velocidade de ponta que uma 300 (dependendo da 600 e da 300 que estivermos a comparar).
É de esperar oferecer mais conforto e mais poder de travagem.
Prazer em rolar em 2 rodas eu obtenho numa bicicleta, numa 50cc ou numa 600. Mas a capacidade de arrancar de Lisboa e apenas parar em Braga sem partir as costas pelo meio e sem ter de ter de abastecer um par de vezes pelo caminho, só numa 1200.
Por isso te digo, que não vale muito a pena estares a comprar uma mota pequena agora para daqui a uns meses ou um ano trocares por outra com mais uns pós de cilindrada.
A Yamaha Diversion ou XJ600 é uma mota dócil e com um motor daqueles que não avaria, pelo menos a versão antiga. A nova parece que também não é de avaria.

Aqui já todos sabemos que aprender a andar de bicicleta não é exactamente algo que se aprende mas sim uma barreira psicológica que se quebra. A compra de uma mota, a escolha de um modelo e o receio da altura do banco e da cavalagem do motor são, de igual modo, tópicos que apenas os nossos medos levantam.
Compra a mota como escolhes as mulheres: escolhe a que te deixar apaixonado!

Helder Cruz escreveu:Uma 600 não oferece apenas mais velocidade de ponta que uma 300 (dependendo da 600 e da 300 que estivermos a comparar).
É de esperar oferecer mais conforto e mais poder de travagem.
Prazer em rolar em 2 rodas eu obtenho numa bicicleta, numa 50cc ou numa 600. Mas a capacidade de arrancar de Lisboa e apenas parar em Braga sem partir as costas pelo meio e sem ter de ter de abastecer um par de vezes pelo caminho, só numa 1200.
Por isso te digo, que não vale muito a pena estares a comprar uma mota pequena agora para daqui a uns meses ou um ano trocares por outra com mais uns pós de cilindrada.
A Yamaha Diversion ou XJ600 é uma mota dócil e com um motor daqueles que não avaria, pelo menos a versão antiga. A nova parece que também não é de avaria.

Aqui já todos sabemos que aprender a andar de bicicleta não é exactamente algo que se aprende mas sim uma barreira psicológica que se quebra. A compra de uma mota, a escolha de um modelo e o receio da altura do banco e da cavalagem do motor são, de igual modo, tópicos que apenas os nossos medos levantam.
Compra a mota como escolhes as mulheres: escolhe a que te deixar apaixonado!

Hombre! Grande bexiga que tu tens.  

Hélder

É verdade o que disseste, mas não te esqueças que o Robot792 quer fazer o seu caminho no mundo das motas sem pressas e sem saber por onde lhe vai levar a "estrada".

Realmente uma 300 tem a vantagem de ser pouco mais pesada do que uma 125 e não tão anémica como uma... 125. Isto se for só para um viajante. Parece-me que o Robot792 não põe de parte a hipótese de até descobrir que uma 300 é mais do que o suficiente para dar uns passeios nas calmas, que muito provavelmente não serão por autoestradas, sendo até possível que a "estrada" dele começe e termine numa 300.

A minha "estrada" começou numa 125, para ver se chegava a uma 1600 (a Yamaha XV1600A Wild Star), mas já descobri que 600cc é mais do que suficiente para o que preciso e para o que o meu corpo ainda pode. Hoje vim para o trabalho na XJ600, em vez da minha 125 chinoca, simplesmente para aproveitar enquanto o corpo (leia-se a idade e o medo) não se recuse a andar numa mota de 200Kg. Não sei se daqui a 10 anos a minha "estrada" não será já só uma 125...  

A "estrada" que percorremos é sempre algo muito pessoal. Interessa é gostarmos dela e a fazermos em segurança.

Trigueiro e Robot792:

Parar porque temos de "escorrer as batatinhas" é normal. Parar porque nos doem as costas ou temos de abastecer pode ser evitável, para quem quiser evitar, através da escolha da mota. Foi só isso que quis dizer.
O elo mais fraco no binómio condutor/mota, é sempre, ou quase sempre, o condutor!
A minha 125 de qualidade questionável levou-me de Alverca a Coimbra, Beja, Portalegre, etc. Curti muito com a mota. Foi a compra certa, até porque não tinha carta para outra, na altura. Mas era impensável viajar durante uma semana pelos Picos da Europa com pendura e 35kg de bagagem como fiz com a Varadero 1000.

Não digo que a compra de uma 300cc não seja a escolha certa para ti, Robot792. Até poderá ser, não te conheço nem sei que uso lhe gostarias de lhe dar.
O que não quero que penses é que uma Diversion 600 é um bicho indomável ou que pegares agora numa mota com 100cv seja uma sentença de morte! Até porque supostamente uma mota de média e alta cilindrada são supostamente mais seguras que as de baixa cilindrada.

Está tudo (quase tudo... a destreza física e o poder de cálculo e avaliação das situações têm uma boa responsabilidade na qualidade da tua condução) na tua cabeça, pelo que não deves basear a compra num receio que perderás rapidamente, o que aliado ao facto de estares de olho num outro modelo que já possas estar a "namorar" agora, te levará a gastar mais dinheiro e novas aventuras de aquisição a curto prazo.

Boas pessoal deixo um agradecimento pela colaboração para o tópico 

Aproveito para informar que tenho 27 anos, posso conduzir qualquer cilindrada e felizmente não tenho problemas de saúde. E apesar da pouca experiência não tenho receio de motas pesadas ou altas, acaba por ser uma questão de habito e cada um deve conduzir à sua velocidade e consoante a experiência que tem. E acredito que o perigo associado às motas esteja mais relacionado com o condutor que com as mesmas conforme o Hélder referiu.

Quanto às cilindradas.. penso que 20-30 cv são suficientes para fazer umas nacionais, ver umas serras e descobrir cidades.

Para mim uma grande vantagem das cilindradas baixas é os custos tanto em manutenção como em combustível ou impostos e seguros, se optasse por uma 600 de 4 cilindros provavelmente não poderia dar umas voltas todos os dias se assim o quisesse porque hoje em dia a gasolina está a preços ridículos (+ despesas mecânicas e etc).

Outro aspeto é que não tenho dinheiro para uma mota de cilindrada alta que seja nova ou semi-nova (nem tenho a certeza se seria a melhor ideia) e não quero cometer o mesmo erro que fiz com o carro (comprar um chaço com 20 anos que queima oleo, perde agua, tem ferrugem, borrachas todas ressequidas, parafusos e porcas junto ao solo parece que tão soldadas, e nem falo dos retentores porque é como sem nem os tivesse) só me dá dores de cabeça. Daí a possibilidade de comprar algo novo ou quase novo ser tentadora.

@Hélder_Cruz A nível de comodidade acredito que seja exactamente como referes, há motas que são para viajar e outras não, ainda que seja possível. Mas curiosamente e apesar de não ir ao encontro do que referes vê-se muitas história de viajantes de 125, basta duas rodas, um motor e força de vontade para ir a qualquer. Noutro oposto, também completamente irracional, tens o maluco que deu a volta ao mundo de R1 e não se absteve de atravessar pilhas de rios nem fazer os off roads mais lamacentos em terreno africano   
 
@Trigueiro Vamos a ver, uma 125 até pode ter velocidade necessaria mas estão muito limitadas em força mas acho que quando fosse numa subida não aguentava e isto sim realmente poderia ser perigoso

Também gostava de me dedicar à mecânica de motociclos e quiça um dia costumizar o meu sem ter muitos problemas com a autoridade..

Robot792

Já falei dos riscos das motas velhas, especialmente as que já possuem mais de uma dúzia de anos, e não vale a pena repetir.

Se procuras uma 250-300cc em segunda mão, procura uma que de preferência tenha menos de 10 anos. Não estou a dizer que não se consegue fazer bons negócios com motas mais idosas, mas a questão das peças que já não se fabricam podem por vezes tornar um bom negócio numa dor de cabeça. Se comprares uma 250cc usada com mais de uma dúzia de anos, tenta que seja pelo menos um modelo que tenha tido muita venda. Mesmo que já não haja peças originais, o mercado alternativo e em segunda mão costuma ainda funcionar relativamente vem.

Quanto a motas novas com essa cilindrada, não mencionando as scooters, vem-me logo à ideia 5 motas:

- a Yamaha MT-03;
- a Kawasaki Ninja 400 ou a Z400, que é ligeiramente mais barata; (Nota: Havia também a famosa Ninja 250, mas julgo que já não se vende em Portugal).
- a Honda CB 300R;
- a KTM Duke 390 (de vez em quando encontram-se algumas à venda em 2.ª mão);
- e a muito esquecida, barata e bué de feia Zontes 250S ou a mais cara e mais "cool" Zontes 310, a qual tem variantes de estrade e outras estilo supermotard. Talvez, e saliento talvez, eu comprasse a 310 numa variante de estrada, visto ter um preço muito apelativo, para um visual aparentemente tão futurista como as marcas mais caras. Se fosse para andar em caminhos de terra, então consideraria o trator que dá pelo nome de Royal Enfield Himalayan

Há também opções de outras marcas, como a SWM de 440cc, nas versão Ace of Spades e Grand Milano, se bem que ambas com um aspecto retro que pode não ser o gosto de todos. No entanto, não sei porquê, estas SWM parecem-me não serem nada leves ou ágeis no manuseamento.

Se gostas mesmo do estilo clássico e a sensação de conduzir uma máquina old school, sempre tens a lindíssima Royal Enfield Bullet. Já estive ao pé de uma e esqueci-me de que estava numa bomba de gasolina para abastecer a minha mota. O que valeu foi que quem estava a trás de mim não protestou, pois também ficou de olhos vidrados na mota.

Conclusão: Desde que haja €€€, a dificuldade é só a escolha.

Pois... a falta de guito limita as escolhas!

Na lista acima mencionado esqueci-me de dizer uma mota que é uma 500, mas que é muito maleável, com um motor amigável e que só peca por ter um assento de pendura que só serve para decoração - a Honda Rebel 500. De vez enquando aparecem algumas à venda (sempre caras...), de malta que passou para uma mota maior e com um assento de jeito para a pendura. No entanto, para uma pessoa só, é uma mota muito jeitosa, com uma altura de assento baixa.

Deixo aqui uma foto da acima citada Zontes 310, mais precisamente R310. Esta mota está a circular na minha ilha. Não dá para perceber pela foto, mas quando de vê de frente e ao perto o farol dianteiro é que se torna evidente o corte nas despesas de construção e a distância para os modelos japoneses. Mas fora isso, as diferenças não são assim tão evidentes.

@Trigueiro eu de vez em quando vejo as Rebel à venda, quase sempre com muito poucos km ou seja, uns 5500€+- mas já era uma mota boa a meu ver (menos para o pendura eheh). A cb300r já fica um pouco mais em conta se encontrasse uma por 4000€+- poderia fazer um negócio, a mota é bonita só não aprecio ecrãs lcd. Também ando a ver a Mt03. E continuo a ver a pulsar ns 200 que me parece uma boa opção em bom preço e qualidade, pelo menos na india, até sobem montanhas com aquilo, a nova dominar 400 também mas não sei se já se vende por cá.

Da Royal Enfield a classic e bullet não me parece, é muito bonita para passeios.. mas por não ter refrigeração deixa me mesmo de pé atrás.. a Himalayan não tenho nada contra e até já poderei adquirir, tem uma mecanica simples, a marca desvaloriza mais e encontram-se semi novas a bons preços (quando estava mais interessado pesquisei muito e apesar de parecer uma mota boa e resistente vi muito pessoal a queixar-se da mota partir o chassis e separar o guiador mesmo sem esforço...deve ter sido defeito em algumas unidades mas nunca mais tirei isto da cabeça)

Para mim as Zontes têm um visual esquisito, muito futuristico mas o que me faz mais confusão nessas motas (310) é a quantidade de electrónica e tecnologia que têm.. principalmente para o preço a que são vendidas. Gosto mais do estilo da 250 só que aquelas cores... não são para mim  

É isto, de momento estou inclinado para as usadas que referi, se encontrar bom negocio, ou para uma Pulsar200ns nova, o unico se na mota nova é que se depois quiser subir de cilindrada vou perder "muito" dinheiro faz parte.. mas se manter quiça poderá ser boa opçao. Arigato! 

O "não ser de refrigeração" queres dizer que os motores arrefecidos a ar não te convencem? É isso?
Queres uma mota com radiador a água (anti congelante)?
Bem... nunca tive problemas com a Daelim Roadwin 125 de radiador de óleo, nem com a R1200GS que é arrefecida a ar.
Se não vais derreter pneu para o autódromo ou lavrar terrenos em 1ª, não estou a ver que problemas possas ter.
Também prefiro motores arrefecidos a água, mas não deixa de ser outra fonte de despesa.

Nunca ouvi ninguém dizer bem de uma Zontes. O design do modelo da foto do Trigueiro é espectacular, mas a qualidade e o nome ainda não me convencem.

Faz como já te disse, compra a que gostares mais e com assistência próxima. A conversa dos consumos e da qualidade é pensar demais.

Helder Cruz escreveu:O "não ser de refrigeração" queres dizer que os motores arrefecidos a ar não te convencem? É isso?
Queres uma mota com radiador a água (anti congelante)?
Bem... nunca tive problemas com a Daelim Roadwin 125 de radiador de óleo, nem com a R1200GS que é arrefecida a ar.
Se não vais derreter pneu para o autódromo ou lavrar terrenos em 1ª, não estou a ver que problemas possas ter.
Também prefiro motores arrefecidos a água, mas não deixa de ser outra fonte de despesa.

Nunca ouvi ninguém dizer bem de uma Zontes. O design do modelo da foto do Trigueiro é espectacular, mas a qualidade e o nome ainda não me convencem.

Faz como já te disse, compra a que gostares mais e com assistência próxima. A conversa dos consumos e da qualidade é pensar demais.

Simplesmente não penso que sejam os melhores motores para quem fazer muitos kms seguidos e quando digo sem arrefecimento são os que não têm nenhum radiador apenas as aletas. Não sei como é que o pessoal das baixas cilindradas que andam sempre no corte não rebentam os motores com o calor que está.. mas sim é económico.

Já vi uns videos de malta que comprou uma 310 e não se queixa mas também já vi outros em que o pessoal ia todas as semanas ao concessionário devido a perda de parafusos/peças e fraca qualidade dos componentes... oxalá a segunda versão esteja melhor até porque parece-me que as zontes já estão a ganhar algum terreno por cá.

Mais uma vez obrigado pelas dicas Hélder, muitas das minhas dúvidas já têm resposta, agora é eu fazer a minha parte e encaixar o orçamento na mota certa

A minha Daelim Roadwin era de radiador de óleo, como te disse. No pico do Verão levou-me a Beja, Portalegre, Coimbra, etc.
A minha Varadero 1000, com 2 radiadores de água, levou-me aos Picos da europa e trouxe-me debaixo de 45º, com os ventiladores a trabalhar no máximo. Estava com medo de sobreaquecer.
Agora tenho uma R12000GS, com arrefecimento a ar, por aletas, que dizem ser a ideal para ir bem longe, como o Norte de África.

A sério... não vás por aí. Mais facilmente paras tu porque tens calor do que a mota.
Mas estás a pensar bem... eu também prefiro motores arrefecidos a água.