Carta A ou A2 ?

Vivam,
Venho pedir a vossa colaboração no sentido de me ajudarem a escolher o tipo de carta adequado à minha situação.
Já sou "cota" (há muitos anos), tenho carta B e B1 há mais de 45 anos, e resolvi tirar a carta de mota (não quero "ir-me embora" sem me divertir a dar uns passeios de "cabelos ao vento").
Como não tenho nenhuma experiência de mota (apenas ando de bicicleta) a Escola de Condução aconselhou-me a tirar a carta A2, mais fácil de pilotar, e daqui a dois anos requerer então o exame para carta A.
Os meus amigos acham que é assim tão difícil "segurar" uma mota mais pesada ?
Perfilham a mesma opinião da Escola ?
Há cerca de 15 dias experimentei uma scooter SYM EVO125 (só andei cerca de 100 metros e fiz 2 curvas num espaço aberto) mas não gostei muito.
Já me sentei em Hondas CB500X, na F, e outras no mesmo estilo, e senti-me muito mais "confortável".
Agradeço antecipadamente os vossos amáveis comentários.
Saudações.

Com essa idade não deves tirar carta de mota.
É perigoso... faz-te mal.

Corres o risco de ficares com uma depressão por teres perdido tantos anos sem andares de mota!!!!

Aqui encontras pessoal de várias idades e níveis de experiencia, mas são mais os que depois de algumas aventuras na juventude, voltam a pensar em motas depois dos 25 e graças à nova lei das 125.
Eu tirei a carta A com 40, o Dias com mais de 60, o Alfredo creio que tem agora 58 e veio ou voltou a este mundo há cerca de 4.
Estás sempre a tempo de te divertires, mas apesar de não deveres ter pressa, não deves, por outro lado, perder tempo (já dizia o Saramago).

Se tens problemas de locomoção, pouca força física, aconselho-te uma mota mais leve, pelo menos até teres alguma experiencia. Mas não vejo razão alguma para tirares a carta A2 e mais tarde voltares a gastar dinheiro para tirar a A.
Avança para isso!
... e depois não te acanhes com a cilindrada e potencia da mota a adquirir: quanto maior e melhor é a mota, mais segura e confortável é.
Muito benvindo!

Também concordo, eu tirei a carta à pouco tempo e também tive essa dúvida, mas depois vi que o preço das duas cartas era ela por ela e não tinha que limitado à cilindrada. Por isso optei por tirar a carta A.

E depois até optei por uma por arranjar uma mota que a carta A2 chegava (um 300cc com 28cv), mas assim tenho a hipótese de um dia pelo menos posso experimentar ou até ter outras motas maiores, sem ter a preocupação de saber se já passaram os dois anos.

Até porque tens motas para a carta A, como as 400c com estilo mais clássico ou com cilindradas maiores que não tem necessariamente grandes velocidades...

Obrigado pelas rápidas respostas.

Eu penso precisamente o mesmo, mas a escola aconselha-me a A2 porque a mota é mais leve (salvo erro uma 125) e eu não tenho práctica (apenas conduzi uma Sachs minor com 19 anos, em 1968/9, e foi a única vez que andei de motorizada).

Inscrevi-me na passada terça-feira mas, graças às vossas opiniões (condizentes com a minha) vou alterar para a carta A; se necessário, compro mais algumas aulas prácticas para insistir nos 8s, pois devem ser mais complicados do que na bicicleta.

Quanto a saúde, não tenho nada de especial, como e bebo o que me apetece, ainda trabalho, passeio, voo planadores telecomandados e outros modelos ... enfim, sou um "velho gaiteiro" e "saudavelmente louco", parafraseando uma sobrinha muito bem disposta.

Mais uma vez, obrigado pela disponibilidade.

Luis, tenho um amigo, atualmente aposentado, que em 2013 decidiu que queria começar a andar de mota.
começou com uma Sh 125, em poucos meses passou para a S-Wing 125 e dizia que aquela era a mota da vida dele. 
Passados 4 ou 5 meses tirou a carta e passou para uma Forza 300.
Hoje conduz uma CTX 700 e não sei se faltará muito para andar montado numa Gold Wing.
Acho que com a tua idade e experiência de vida que deves ter, terás a noção dos "perigos" que é andar de mota o que te vai fazer ter o juízo suficiente para controlares os abusos.
Parece-me que em andamento as motas não pesam. Podes ter mais dificuldade em movimentá-la em parado ou quase parado. Convém que escolhas uma mota na qual assentes bem os pés no chão para te ajudar nessas manobras e gasta o dinheiro só numa carta, a A.
Isto digo eu.

Uma vez que tens idade para carta A, não vale a pena tirar só A2.
A diferença de preço não é significativa e ficas habilitado para conduzir qualquer mota que te apeteça, seja uma Casal Boss ou uma VMax.

Lembra-te de que, como tens mais de 25 anos e carta B, podes optar por comprar uma 125cc para ganhar experiência, sem precisar de tirar carta.

Também podes procurar uma escola que te dê primeiro umas aulas numa mota da categoria A1 e passar depois para A. A escola onde estou a tirar a minha carta faz isso.

De mota e aqui no forum temos todos a mesma idade.
As aulas práticas para a licença A podem começar com uma 125, para quem não tem prática, mas terás de passar para outras cilindradas.

O fazer um exame para passar da licença A2 para A, como podes constatar em vários tópicos daqui do forum, não tem sido fácil nem tem uma prática bem definida.
Cheira-me que essa escola quer-te "comer" duas cartas...

Mais um voto na carta A. A dificuldade em fazer 8s ou manobrar a mota nada tem a ver com a cilindrada da mota, embora influencie alguma coisa devido ao peso da mesma. Manobrava pior a minha 125 que a minha actual mota. 
Podes tirar carta A e comprar uma 125 ou uma 250, nada te impede. 
Na escola de condução onde andei nunca ouvi tal coisa, o que faziam era: para quem não tinha experiência, faziam algumas aulas de 125 e depois passavam para a 500. 

Boa sorte  

Nas escolas onde fui, todos me disseram que a A2 não vale a pena.
A2 só serve a quem tem menos de 24 anos.

Só agora me é possível voltar ao Fórum e agradecer a todos o simpático acolhimento que me têm prestado.

Na passada sexta-feira telefonei à escola para que procedessem à alteração para o tipo A. Foi-me explicado que já tinham enviado o pedido (inscrevi-me na passada terça-feira), mas que iriam tentar.  Insisti para que, caso não fosse possível a alteração, cancelassem a inscrição e fizessem uma nova do tipo A.

Ficaram de me telefonar, mas irei lá pessoalmente na segunda-feira, dia 23, à tarde.

Agora quanto a mota, andei "embeiçado" com uma Virago XV250 (vermelha e branca) que estava à venda na Net, mas hoje, quando telefonei, já tinha sido vendida.

Mas agora estou a pensar numa CBF500 que, pelo que tenho lido, será óptima para um principiante.  Penso comprar uma usada para "treinar" e, se gostar, poderei optar posteriormente por uma CB500X que já tem ABS, etc (e onde já tive o prazer de me sentar ... e gostar).
Os modelos de motas são imensos, e quem não é "motard" nem se apercebe disso !

Aceito alterações de raciocínio consoante os vossos experientes comentários.

Saudações

É sempre uma agradável surpresa ver "meninos crescidos" juntarem-se ao clube

Ainda aqui à tempos passou um filme num canal de cabo (AXN black?) que retrata uma história real de Burt Munro, interpretado por Anthony Hopkins, um neo-zelandês obcecado pelos recordes de velocidade, e que leva a sua velha Indian de 1920 modificada por ele ao lago salgado de Bonneville (USA) para tentar estabelecer um recorde de velocidade, o qual alcançou depois de muitas peripécias e perante espetadores - e comissários de prova  -  trocistas e incrédulos!

Há uma frase que ele diz no final e que reflete o seu modo de estar na vida, fazendo aquilo que realmente gosta, e que reza mais ou menos assim: valem mais 5 minutos de glória a viver o nosso sonho, do que viver uma vida inteira sem paixão.

Acho que não é preciso dizer mais nada acerca de homens e motos e do tal "bicho" que trazemos dentro de nós.

É interessante pois eu também vi esse filme, e admirei sobremaneira o papel interpretado pelo Anthony Hopkins.

Mas eu só tardiamente comecei, principalmente por 2 motivos:
-o irmão (que nem cheguei a conhecer) da minha "consorte", faleceu ainda novo num desastre de mota em que se "enfiou" debaixo de um camião.
- o meu filho, há alguns anos (teria uns 15 ou 16) começou com a conversa das motos, e queria uma moto, e queria uma moto ...
Eu respondi-lhe:"compro-te a mota, mas vamos primeiro ao Hospital de S.José para te mostrar como ficaram alguns moços da tua idade, completamente estropiados ou de cadeira de rodas"! Nunca mais me chateou com as motas.

Agora, com vai a caminho dos 30 anos e já tem a vida dele, chegou a minha época áurea de contornar as complicações e situações de conflito, e "fazer-me à vida" antes que vá para "o outro lado" fora do tempo.

O mais complicado ainda vai ser convencer a família de que vou, de facto, comprar uma mota, pois eles ainda pensam que ando na paródia (como é habito...).

Saudações e obrigado pelo excelente acolhimento.

Isso é que era bom... ter receio da opinião ou dos comentários da família!!!

Sobre os modelos das motas: a Virago 250 é o que na gíria denominamos como um ferro (pés para a frente, cromados, alforges...). A CBF é o que se chama de naked (derivada das motas de pista, sem os plásticos) e a CB500X é um modelo a explorar o súbito interesse pelas trails (motas mistas para a terra batida e asfalto), sem que tenha as caracteristicas técnicas para tal. Apenas o aspecto e pouco.


Qualquer Virago (125, 250, 535, 750 (não foi comercializada por cá) ou 1100) têm provas dadas de fiabilidade e resistencia. A CBF é um modelo já antigo da Honda, super aprovado por quilometros e quilometros de estrada.
A CB500X tem a assinatura da Honda, que assegura alguma qualidade. Há modelos mais económicos, nesta gama de "X", mas parece ser um bom compromisso entre cavalos e consumo.
Convém mesmo é descobrires qual o estilo que te parece ser mais fácil de equilibrar, se com os pés para a frente, para baixo ou para trás.

Bem, parece que cheguei tarde à conversa, mas subscrevo a opinião dos restantes companheiros acerca dos diversos pontos.

Mas diz-me uma coisa, agora que estás a pensar meter-te em cima de uma mota e recuperar tempo perdido, já foste visitar S. José?   

Btw, esse filme tb o vi, e gostei! 

Se fosse ao Curry Cabral, há 22 anos ainda me encontrava a mim! LOL

@ Helder Cruz,  espero que não tenha sido grave, o acidente há 22 anos (é provável que não, de contrário não andaria por aqui).

Ainda não estou em condições de me pronunciar sobre a posição dos pés, mas penso que deverá ser para baixo, e a CBF500 adequa-se a essa posição; não me estou a ver sentado numa Chopper com as pernas esticadas (dá-me a sensação de que, ao curvar, terei pouco apoio lateral, e o rabo escorrega do assento).
Quanto aos familiares, essa questão não se põe (expliquei-me mal), o que se passa é que vêem-me na Net a ver motas (e a "andar de mota", como eu digo, em écran total ... é divertido e passeamos por países que não conhecemos) e, devido à minha fama de "saudavelmente louco", riem-se e divertem-se.
Agora imaginem quando eu aparecer a subir a rampa da garagem montado numa moto ... ! (devem ir logo todos a correr encomendar umas missas e rezar as orações de que se lembram !)


@ Dissidente, não chegámos a ir ao S. José, por desnecessário (passou-lhe a "maluqueira" !) mas conheço um médico (reformado, ainda mais maluco do que eu) que trabalhou no S. José, e que me contava estórias de arrepiar.

Luís, tenta ver os vários estilos e sentar-te em algumas delas.
A estatura de cada um pode condicionar a compra desta ou daquela mota.

Nada de especial. Joelho rebarbado até aparecer o branco.
Já passou.

Antes de mais, ver na escola quais são as motas que têm para a instrução.
É usual terem Virago 125 e 250 (pés para a frente) CB125 Cargo (pés para baixo), CB500 (pés para baixo), se forem novas poderão ter MT07 (pés para baixo) ou ER.6n (pés para baixo).
Dá logo para ter uma ideia.

A CBF600, a FZ600 ou a Fazer600 são bastante "pés para baixo" e muito boas máquinas.
Não valerá a pena andar a perder o sono com modelos de mota. É melhor concentrares-te primeiro na aulas de condução e quais os gostos e opiniões que surjam daí.

Como não conheço características de motas, vou aguardar e ir aprendendo com o tempo.
Fico-vos imensamente grato pelas dicas.

Andei a "bisbilhotar" as vossas passeatas, e penso que gostaria de vos fazer companhia logo que esteja "em condições"; de facto, com a mota consegue-se ter acesso a locais onde, normalmente, não se vai de carro.

A Alice, gradualmente, vai-se mentalizando que terá de andar de mota comigo, pois não gosto de passear sozinho. Até gostou de ver uma Honda Deauville ... amanhã já a levo ao Lopes e Lopes, perto de Mem Martins, pois tem lá uma em venda (só vamos para ver de perto, claro).

Se podes ir a Mem Martins, podes encontrar-te com a rapaziada da zona da Amadora!
Estamos para retomar as jolas na Av. D. Nuno Álvare Pereira...

Não é Dias, Búlgaro, Ruca, Fary, etc...?!

LuisMauricio escreveu:Como não conheço características de motas, vou aguardar e ir aprendendo com o tempo.
Fico-vos imensamente grato pelas dicas.

Andei a "bisbilhotar" as vossas passeatas, e penso que gostaria de vos fazer companhia logo que esteja "em condições"; de facto, com a mota consegue-se ter acesso a locais onde, normalmente, não se vai de carro.

A Alice, gradualmente, vai-se mentalizando que terá de andar de mota comigo, pois não gosto de passear sozinho. Até gostou de ver uma Honda Deauville ... amanhã já a levo ao Lopes e Lopes, perto de Mem Martins, pois tem lá uma em venda (só vamos para ver de perto, claro).

agora é que estragaste tudo.
Essa mota não. Essas Deauvilles são motas muito fraquinhas. Normalmente avariam com frequência e se levarem duas pessoas não se aguentam nas subidas. As bichas do contra quilómetros partem com frequência.
A confirmar isto tudo podes ler o DB do Alfredo Lopes que tem uma coisa dessas e está super arrependido.



(Luís, o Alfredo vai-me matar mas ele já fez isso muitas vezes e eu continuo aqui. Essa mota é uma grande máquina. Não te vais arrepender.)

Deuville?!... opá... quilometros e quilometros e quilometros de conforto e economia.
Curva como uma R e gasta como uma 300cc.

Parece que a 700cc não aprovou tão bem como a 600cc.

Helder Cruz escreveu:Se podes ir a Mem Martins, podes encontrar-te com a rapaziada da zona da Amadora!
Estamos para retomar as jolas na Av. D. Nuno Álvare Pereira...

Não é Dias, Búlgaro, Ruca, Fary, etc...?!

É só combinar a data !
Durante a semana, pode ser a partir das das 17h 30m ... e aos fins de semana, nos dias em que o vento não soprar de Norte ou Noroeste (nesses dias vou voar planadores RC).

@ nunes,  Pois dizem que as Deauville até conseguem andar de marcha à ré nas descidas!    (se é verdade ou não ... ) 

Já me desinteressei das Marauder, Virago, Shadow, etc.  Estou a gostar mais da Deauville (tem um aspecto mais clássico e deve dar para transportar uma tenda tipo iglo ... logo irei ver se chego com os pés ao chão).

Portanto, aconselham-me a de 600cc.

As 700 são mais recentes... têm ABS e tudo.
No teu lugar preferiria uma mais recente, ainda que com provas por dar, quando comparada com uma 600.

Quando a malta se decidir logo te dou um toque para te juntares.

Obrigado. Fico então à espera.

Em princípio, ainda não vou comprar nova. Já é complicado tentar convencer a Alice a andar de mota e aconchegar-lhe o coração mostrando-lhe algumas fotos dos vossos passeios, mas, para todos os efeitos, será sempre mais um "brinquedo" (como tal, nunca deverá ser muito dispendioso).

É isso mesmo, LuisMauricio! 

Luís, serás bem vindo, tu e a Alice 

Passeios com o pessoal são a melhor forma de (re)ganhar experiência 

Obrigado, Dissidente.
Mas ainda só vou na 2ª aula de "código".
Pelas minhas previsões, lá para finais de Agosto deverei fazer exame.

Mas vou no bom caminho ... estou a conseguir entusiasmar a Alice a comprarmos (coloquei o "mos" propositadamente) uma mota.  Gostou muito da Deauville em azul escuro metalizado ... mas se for uma CBF600 (usada) na mesma cor com uma "caixinha" atrás (para encosto) penso que também ficará a seu contento.

Mas daqui até ter a carta, vou ter muito tempo de ver e comparar características de motas (é um mundo quase infinito). 

Helder Cruz escreveu:Se podes ir a Mem Martins, podes encontrar-te com a rapaziada da zona da Amadora!
Estamos para retomar as jolas na Av. D. Nuno Álvare Pereira...

Não é Dias, Búlgaro, Ruca, Fary, etc...?!

Temos mesmo que combinar!