DICA TECNICA MOTOBOX- CARBURADOR

Para evitar estar a criar um tópico novo, vou meter aqui, até porque no vídeo já falaram de coisas relacionadas com o que vou escrever.
Este post é uma continuação do:
https://moto125cc.forumotion.com/t1174p30-sym-symphony-srt-n1986-vruum-fotos-novas-pag1#21624
só que vendo as coisas pelo lado oposto... é que, muitas vezes, o oposto também pode ser verdadeiro!
Note-se que estou a falar de motores com carburador!

Antes de mais, o motor terá dificuldade em pegar por problemas eléctricos (bateria em baixo, cabo da vela partido ou com humidade, vela em péssimo estado) ou por a percentagem de gasolina na mistura estar incorrecta (seja por estar pobre, como se mencionou no tópico acima, ou, pelo contrário, por estar demasiadamente rica).
Se pode bastar dar duas bombadas para resolver o problema (como disse o Veiga) quando a mistura está pobre, já quando a mistura está rica, e no caso limite do motor "afogado", pode-se criar simultaneamente um problema eléctrico: é que pode não saltar faísca entre os eléctrodos da vela se estes estiverem cobertos com gasolina líquida (o mesmo acontece quando os segmentos estão gastos e entra óleo a mais para dentro do cilindro). Neste caso, a solução é abrir o punho uma vez e mantê-lo aberto até a mota pegar, independentemente do número de vezes que seja preciso carregar no start.
Explicação:
- Como cada vez que se roda o punho é injectada gasolina no colector de admissão, este só seve ser rodado uma vez;
- dada a pequena velocidade a que roda o motor com o motor de arranque, o fluxo de ar, com o punho todo rodado, é demasiadamente pequeno para que o carburador produza a mistura correcta de ar-gasolina, e.g. como se espera às 7.000 rpm, pelo que a mistura fica com ar a mais, que é o que se quer para "lavar" o cilindro.

Nesta altura, os mais atentos devem estar a pensar que carregar no start com o punho rodado é a técnica descrita no manual para pegar a frio... É verdade, só que a frio o punho deve estar entre 1/8 e 1/4 (toca a ler o manual), enquanto que o punho deve estar sempre todo aberto quando houver gasolina a mais dentro do cilindro (ou no colector de admissão).
Os ainda mais atentos devem estar a perguntar-se "mas como é que se sabe se é gasolina a mais ou a menos"? Isso é uma das tais perguntas de "1 milhão de dólares"!... Contudo, qualquer bom mecânico sabe identificar essas situações para os 100 motores diferentes que lhe aparecem todos os dias (eu só sabia para o meu KE20/25). Acho que a informação chega através do barulho do motor e pelo cheiro do escape.

Já chega de bla-bla. Afinal como é que um motor parado pode ficar "afogado"?
Num ferro ou numa motorizada (ui... se o IMTT lê isto, ainda me tira a carta A... queria eu dizer, num ciclomotor a dois tempos!) basta não fechar a torneira da gasolina e a válvula de agulha da boia do carburador não estar a vedar bem (basta um "porcarato" na gasolina...) e, ao fim de uma noite, sobra gasolina por tudo quanto é sítio!
O mesmo pode acontecer com uma scooter que tenha o depósito de combustível situado a um nível superior ao do carburador e em que a válvula de corte de combustível (ou a bomba) tenham fuga (neste caso é avaria).
Uma situação semelhante pode acontecer no arranque a quente com os enlatados, em que o parafuso do carburador de regulação da mistura do ralenti está situado a um nível inferior ao do da gasolina (geralmente até é mesmo na parte mais baixa do carburador). Contudo, nas motas este problema não se põe porque, como a entrada de ar é na horizontal, o furo por onde a gasolina é sugada pode estar acima do nível dentro da cuba do carburador.

muito bom

Como complemento do meu post anterior, gostaria de dizer que os problemas de arranque têm tendência a piorar com a idade dos motores (mais óleo dentro do cilindro) e em dias de chuva (o cabo da vela e os capuchos de borracha começam a criar gretas, e, com a humidade, tornam-se condutores para o exterior). Isto é que pode ser um quebra-cabeças, porque o óleo não cheira muito no escape com o motor frio se não houver combustão, pelo que o comportamento do motor assemelha-se ao de "afogado" e vai-se abrir o punho todo, quando afinal um pouco de gasolina a mais seria bem-vinda para "lavar" a vela.
De qualquer modo, se o sistema eléctrico estiver a 100% a faísca consegue saltar na vela mesmo que ela tenha uma película de óleo. Portanto, há que cuidar do sistema eléctrico. Um bom teste é quando se dá banho à menina: se custar a pegar depois de um bom duche, isso quer dizer que está na altura de a levar ao Sr. Doutor. Para desenrascar, pode-se sempre começar por limpar o cabo e os isoladores com álcool, mas, para isso, é preciso que se consiga chegar lá!
Este ponto é mais uma das diferenças entre os ferros e os plásticos (ou os ferros plastificados, vulgo motas carenadas). Assim, se num ferro o motor pode ficar sujo mais facilmente, num plástico limpa-se muito mais dificilmente... Venha o diabo e escolha!

Em caso de dúvida se a mistura está pobre ou se o motor está "afogado", partam do princípio que está "afogado" para terem a certeza, ao fim de 3 tentativas, que o que é preciso é usar a técnica para arranque a frio.
Felizes os que têm uma mota de caixa... é que pega sempre numa descida!

o que eu já aprendi aqui

grande!!!!!

Boa noite
Amigo, Dias
Já consegui por uma scooter " honda "a pegar numa descida !
temos de ser é rapidos travar e dar ao botão de arrenque ,e pegou .
o que tinha acontecido foi um segmento partido perdeu compressão.

abraço

nelson escreveu:Boa noite
Amigo, Dias
Já consegui por uma scooter " honda "a pegar numa descida !
temos de ser é rapidos travar e dar ao botão de arrenque ,e pegou .
o que tinha acontecido foi um segmento partido perdeu compressão.

abraço

Boas amigo Nelsom
então com expriencias de arranque
então a mota agora já está pronta a rodar como nova

nelson escreveu:Boa noite
Amigo, Dias
Já consegui por uma scooter " honda "a pegar numa descida !
temos de ser é rapidos travar e dar ao botão de arrenque ,e pegou .
o que tinha acontecido foi um segmento partido perdeu compressão.

abraço

Bem visto e melhor feito!
De qualquer modo, nem sempre poderá ser possível conseguir que a embraiagem agarre. Tiveste sorte porque a bateria estava boa e acho que o motor sempre ia fazendo uns soluços.

Obrigado Nelson pela informação.

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Boas amigo Nelsom
então com expriencias de arranque
então a mota agora já está pronta a rodar como nova [/quote]

sim realmente foi reparada e depois tocada pela agora 125 .
foi uma vermelha que tenho a foto no meu blog que penso estar no meu perfil aqui!!


um abraço

nelson escreveu:

Boas amigo Nelsom
então com expriencias de arranque
então a mota agora já está pronta a rodar como nova [/quote]

sim realmente foi reparada e depois tocada pela agora 125 .
foi uma vermelha que tenho a foto no meu blog que penso estar no meu perfil aqui!!


um abraço[/quote]
então é uma boa altura para vires ate Coimbra ao almoço do dia 17