Problemas com a keeway(multimoto)

Boas, eu tenho uma keeway rks, desde maio de 2013, com 2 anos de garantia, ora bem, até quinta-feira passada, os problemas que tinha tido nela foram: escape com ferrugem, tinta do deposito a saltar, ora, o escape preferi ser eu a lixar e a pintar, o deposito, tive de accionar a garantia, e começa aqui a minha vontade de trocar logo de moto, tive sem mais nem menos 6 meses ha espera de um deposito novo, porque diziam que nao tinham para o meu modelo disponíveis. 6 meses tive eu que andar com um deposito com ferrugem e todo lascado... tudo bem, ficou resolvido e acalmou me um pouco. Esta quinta feira que passou, a mota avariou com 13000km, foi o pinhao de ataque e outra peça por dentro do motor que se estragaram, o mecânico disse que aquilo tinha sido má montagem, porque remoeu até estragar por completo, e aquela peça é dificil de acontecer isso, ora, como é obvio, a mota ainda ta na garantia, e eu pedi para accionarem a garantia, o concessionário manda um email a multimoto, no qual eles responde que a garantia nao cobra isto, o concessionário continua a reclamar com eles, até que responde que vao ver o que podem fazer, agora pergunto eu, a moto tem 13000 km, revisões todas feitas certinhas, tenho ainda garantia, e pelos vistos o problema é dentro do motor e por má montagem, e eles nao cobrem??? que posso fazer eu em relaçao a isto se eles nao quiserem cobrir?? já disse ao concessionário, que mal a moto esteja arranjada, fico com ela ate acabar a garantia e vendo.a, keeway nunca mais, so complicações.

cumps

Olha... não me vou alongar muito, até porque quem me conhece sabe a minha opinião sobre a Multimoto, com quem já tive de tratar alguns assuntos diretamente e de onde sempre obtive um atendimento sem nada a apontar.

Não é por teres esses problemas e por causa de um ou dois e-mails da Multimoto que é motivo para colocares uma marca de parte (a não ser que não gostes mesmo da mota). Tentar descartar-se na primeira abordagem sobre acionamento da garantia é (infelizmente) em Portugal o modus operandi de qualquer marca. Para isso basta tentares ver tópicos sobre outras marcas aqui no f125cc ou noutros fóruns de marcas conceituadas e vais ver que a prática é a habitual.

Eu por ex. tive de trocar os espelhos da minha Superlight em garantia. Fiz a primeira abordagem ao stand (resposta: ah e tal, sabe como é... marcas chinesas... isto não há garantia para cromados) depois contactei diretamente a Multimoto a expor o meu problema, onde me informaram para apresentar o problema no meu stand, o que fiz, mas desta vez já com o argumento "falei com o importador e disseram-me para me queixar aqui", resultado: ao fim de 2 dias ligaram-me do stand a dizer para lá ir montar os novos espelhos.

No teu caso, contacta tu diretamente a Multimoto por mail, expõe detalhadamente o teu problema, indica a questão de fazeres as revisões na marca para perceberem que és cauteloso com a moto. Pergunta-lhes qual a atitude que deves tomar sobre o assunto e vais ver que tudo se resolve.

Pode não se aplicar ao caso, mas atenção que andar com a corrente demasiado esticada pode precisamente causar danos no veio do pinhon de ataque, no rolamento e afins...

 

Boas, hoje o concessionário voltou a contactar a multimoto e a pedir esclarecimentos, voltaram a referir que a moto por ter 13000km(que pelos vistos em 1 ano e 2 meses é muito) que nao podem accionar a garantia, mas que por cortesia vao enviar as peças para substituir e nao as vao cobrar, mas que a mao de obra terá de ficar a meu encargo, ou seja 160 euros. 

Precisava que alguem daqui que esteja mais informado sobre garantias, se eles podem fazer isto, eu disse ao concessionário, que nao vou pagar mao de obra, que se ta na garantia eles tem que resolver o problema, mas o problema aqui é que o meu concessionário onde vou, nao foi onde comprei a moto, e nao queria que o homem ficasse arder por causa da multimoto, eu quero é que a multimoto se chegue a frente e pague, porque a desculpa de a moto ter 13000km acho que é esfarrapada, a moto ainda tem 10 meses de garantia.


cumps

Essa de serem muitos km para a idade é de morrer a rir!!

Má montagem está obrigatoriamente incluída na garantia. Acho até ridícula a situação.
E a loja onde vais, se é importador da marca, só tem de prestar assistência e ponto final.
Mas isso acontece com todas as marcas. Temos de ter sorte é com as lojas.

E a garantia não tem limite de km's? 
Por exemplo, a Renault oferece para a sua gama garantia de 5 anos ou 100 000 km - O que acontecer primeiro.

No mercado das motas não sei se isso também é usual mas lembro-me que no manual da RKV, o programa de revisões só está previsto até aos 12000 km.. Sempre me fez pensar que a partir daí, kaput..   

Cps,
Moreno.

De acordo com a legislação em vigor, todos os bens de consumo (se fosse para uso profissional já não seria assim) têm de ser vendidos com 2 anos de garantia salvo acordo mútuo entre as partes.
A tua mota é utilizada para fins pessoais, não celebraste qualquer contrato de compra e venda que estabeleça outro prazo de garantia, logo tens 2 anos de garantia.

Estranho existir um problema de montagem de uma mota nova, na transmissão, como nos contas e a mota durar 13000km.
Parece-me que o importador resolveu mesmo oferecer as peças ao concessionário por cortesia e terá acusado a oficina deste de revisões mal feitas, convidando-o a assumir parte dos custos - a mão-de-obra, que por sua vez tenta agora facturar a ti!
Sabes que peça do motor é que se danificou? Teria sido o veio primário?
Como já te aconselharam acima, experimenta dar uma palavrinha direta e calmamente ao importador.

Ferrugem e má pintura nas motas Coreanas... é mato!
Mas estou arrependido de não ter reclamado os cromados da Delfina ao importador.
No escape não dará resultado, mas outros elementos, como espelhos, podes polir para retirar a ferrugem e proteger com verniz de eletricista.

nunop87, como já te disseram, o melhor é mesmo mandares um mail ou telefonares diretamente ao importador para saberes a opinião deles. isso pode bem ser uma jogada da oficina onde tu vais porque essa história dos 13000 km não lembra a ninguém.
quando a renault "oferece" garantia de 5 anos ou 100 000km (o que acontecer primeiro) não significa que se fizeres 200 000 num ano termine a garantia. se fizeres 200 000 num ano a garantia ainda se mantém por mais um ano, até que termine o periodo obrigatório que é de 2 anos.
a mota tem que ter 2 anos de garantia independentemente de ter 5 000 ou 50 000 km.

Isso mesmo!

nunes escreveu:nunop87, como já te disseram, o melhor é mesmo mandares um mail ou telefonares diretamente ao importador para saberes a opinião deles. isso pode bem ser uma jogada da oficina onde tu vais porque essa história dos 13000 km não lembra a ninguém.
quando a renault "oferece" garantia de 5 anos ou 100 000km (o que acontecer primeiro) não significa que se fizeres 200 000 num ano termine a garantia. se fizeres 200 000 num ano a garantia ainda se mantém por mais um ano, até que termine o periodo obrigatório que é de 2 anos.
a mota tem que ter 2 anos de garantia independentemente de ter 5 000 ou 50 000 km.

Nunes, acho que te estás a contradizer.. Se são 5 anos OU 100 000km significa que a garantia acaba no momento em que uma das condições é satisfeita. Por isso, se fizeres 200 000 km num ano sim, a garantia acaba!
Para os mais cépticos acreditarem, fica um documento oficial da Renault a dizer isso mesmo:
http://www.renault.pt/media/documentos/att00131740/GarantiaRenault_260907.pdf

Cps,
Moreno.

Anexo link do Decreto Lei da modificação de 2008 ao documento de 1999, em vigor pelo menos até 2011:

https://www.acp.pt/ResourcesUser/files/DefesaAutomobilista/Regime_Juridico_de_Venda_e_Garantia_de_Bens_de_Consumo.pdf

Helder Cruz escreveu:...

Estranho existir um problema de montagem de uma mota nova, na transmissão, como nos contas e a mota durar 13000km.
...

Focando-nos no assunto do tópico, os km's nada têm a ver com tempo/período da garantia (neste caso da Keeway), pois ao contrário desta, existirão motas que chegam ao fim da garantia com menos de 1.000kms feitos (é o risco das garantias para quem as dá, é precisamente esse), logo não poderá ser uma desculpa de que a mota tem muitos kms.
Poderia no entanto estar excluído por outra razão, se fosse por exemplo a corrente que partisse, pois trata-se de um bem de desgaste e aí não terias volta a dar, dir-te-iam sempre que se tratava de um bem de desgaste e como tal excluído da garantia.

Citei no entanto o companheiro Helder Cruz, pois também acho estranho caso se trate de facto de um problema de defeito de fabrico, a mota rolar esses 13.000kms.
Como já sugerido, não terá sido má manutenção efetuada pela oficina???
Mas se o fosse, ainda seria pior para resolveres o problema, pois a Multimoto iria descartar-se e imputar a responsabilidade na totalidade à oficina das manutenções.

Agora tu é que tens de ponderar o que é que vale a pena:
Ou teimas na questão do defeito de fabrico e a Multimoto oferece-te as peças;
Ou tentas que te resolvam o problema sem qualquer custo para ti, mas para isso tens de ter a certeza absoluta que o problema não se deveu a má manutenção;

 

É isso SL125... cheira-me a alho...
Aquela oficina fez asneira ou não deu a devida atenção à transmissão nas manutenções efetuadas. Só pode!

moreno escreveu:

nunes escreveu:nunop87, como já te disseram, o melhor é mesmo mandares um mail ou telefonares diretamente ao importador para saberes a opinião deles. isso pode bem ser uma jogada da oficina onde tu vais porque essa história dos 13000 km não lembra a ninguém.
quando a renault "oferece" garantia de 5 anos ou 100 000km (o que acontecer primeiro) não significa que se fizeres 200 000 num ano termine a garantia. se fizeres 200 000 num ano a garantia ainda se mantém por mais um ano, até que termine o periodo obrigatório que é de 2 anos.
a mota tem que ter 2 anos de garantia independentemente de ter 5 000 ou 50 000 km.

Nunes, acho que te estás a contradizer.. Se são 5 anos OU 100 000km significa que a garantia acaba no momento em que uma das condições é satisfeita. Por isso, se fizeres 200 000 km num ano sim, a garantia acaba!
Para os mais cépticos acreditarem, fica um documento oficial da Renault a dizer isso mesmo:
http://www.renault.pt/media/documentos/att00131740/GarantiaRenault_260907.pdf

Cps,
Moreno.

não consigo abrir o link porque aqui no trabalho está bloqueado mas explico o que disse.
2 anos de garantia são obrigatórios por Lei. Ora, nesses 2 anos não importa quantos quilómetros tu faças porque independentemente dos quilómetros a Lei obriga a que a marca te dê dois anos de garantia. Os outros 3 anos é marca que "oferece" sem qualquer tipo de obrigatoriedade por isso põe a condição da quantidade de quilómetros. Se tu excederes esse limite de quilómetros dentro dos 2 anos de garantia obrigatória, então esta mantém-se até ao término destes 2 anos. Se excederes o limite de quilómetros passado os 2 anos de garantia obrigatória, então ai sim, a garantia acaba, mas nos primeiros 2 anos não existe limite de quilómetros.
Atenção que estou a falar de veículos particulares e não de veículos de empresas pois desconheço se a Lei é a mesma ou se é diferente. Claro que acredito que nenhuma viatura particular vai exceder o limite de quilómetros nos primeiros 2 anos de garantia mas isto a propósito dos 13 000Km da mota do companheiro.

Uma viatura (ou uma impressora, fotocopiadora, etc) adquirida para uma empresa não constitui um bem de consumo mas de utilização profissional.

No caso das viaturas os fabricantes não fazem distinção. Pelo menos nunca ouvi falar em tal nem nenhuma das viaturas da minha empresa alguma vez tiveram reduzido o prazo de validade ou uma reparação negada por essa razão.


Posso dar um exemplo: quem compra um PC, calculadora, impressora, etc e fornece o numero de contribuinte de uma empresa (as começar por 5), tem imediatamente o prazo de validade do bem adquirido reduzido para 1 ano.

Helder Cruz escreveu:Uma viatura (ou uma impressora, fotocopiadora, etc) adquirida para uma empresa não constitui um bem de consumo mas de utilização profissional.

No caso das viaturas os fabricantes não fazem distinção. Pelo menos nunca ouvi falar em tal nem nenhuma das viaturas da minha empresa alguma vez tiveram reduzido o prazo de validade ou uma reparação negada por essa razão.


Posso dar um exemplo: quem compra um PC, calculadora, impressora, etc e fornece o numero de contribuinte de uma empresa (as começar por 5), tem imediatamente o prazo de validade do bem adquirido reduzido para 1 ano.

iap.
por causa disso é que eu referi que nos casos das viaturas de "trabalho" desconheço a Lei, porque em algum material a coisa funciona assim.

Pois, realmente a lei não fala em limite de km's.. E é o que faz sentido. O que me baralha é as marcas dizerem x anos ou y kms..

De qualquer modo, como o SL125 diz é uma questão de perceber se houve problemas de manutenção ou não, o que nem sempre é fácil. 
Alguma vez reparaste se depois das revisões a corrente ficava muito apertada, por exemplo?

No meu caso, vou ter de trocar o retentor do pinhão de ataque. A resposta que tive do concessionário em Algés foi que a culpa foi do antigo dono que trocou o pinhão de ataque e, supostamente, mexericou no retentor. Ora isto é muito estranho. Primeiro pq o problema surgiu aos 12000km (comprei a mota com 2000), segundo porque para trocar o pinhão de ataque não é necessário tocar no retentor e terceiro porque sempre que faço as revisões a corrente vem de lá apertada quase ao máximo. Toca a ajustar a folga e alinhar a roda em casa...
Tudo isto me deixa a pensar se o retentor não se terá deteorado por andar com a corrente muito apertada (só comecei a reparar nas últimas revisões)...
Tendo em conta o custo do retentor, optei por "ignorar" o assunto e evitar chatices. No teu caso, acho que deves "fazer barulho" porque não é uma conta agradável e acho estranho só teres esses sintomas aos 13000 no caso de ser um defeito de montagem..
Tenta falar com a multimoto e expor estas questões. E, no caso de se provar ser manutenção mal feita, a culpa será do concessionário onde fazes as revisões e não tua...

Já agora, se falares por telefone pede sempre a informação que te foi dada por e-mail também. As provas escritas valem outro, nestas situações.


Cps,
Moreno.

100% contigo, moreno!

Já ouvi uma história em qualquer lado, e muito parecida com esta também com uma Keeway.
O problema, e acontece em todo o lado, é a marca fugir sempre com o rabo à seringa. Uma vergonha. Aperta com eles!

Boa tarde, continua o meu grande problema com a muiltimoto, mandaram as peças para o concessionario, mas dizem nao ter o veio do pinhon de ataque, dizem estar esgotado, e nao me conseguem dar um prazo, tenho a moto parada ha 2 semanas, e pediram para ligar na proxima segunda a ver se ja sabem algo, como é possivel isto??? uma importadora deste tamanho, nao ter uma peça?? epa, que desmontem de outra moto e me mandem(lol), enfim, nao sei o que fazer a minha vida, ja me estou a começar a chatear a serio.

Welcome to the world of chinese bikes.

Provavelmente existem veios compatíveis e a qualidade até pode ser melhor. O problema é que a multimoto provavelmente não te vai dar uma lista de peças compatíveis (se calhar nem têm essa info) e as referências de muitas das peças da keeway nem sequer se encontram em nenhum catálogo de aftermarket. As nossas RKV são baseadas numa suzuki gn125 (se a memória não me falha) e muitas peças são compatíveis. Mas não é certo porque a keeway é matreira. Por exemplo, as pastilhas do travão dianteiro são uma cópia de um modelo já existente - e usado em muitos modelos - mas em escala menor. Ou seja, as pastilhas de origem são a única opção possível.   

Não faço ideia como funciona o sistemas de stock da multimoto mas duvido que tenham uma grande quantidade de stock em peças de pouco desgaste... No entanto penso que seria boa prática terem pelo menos um pinhão de ataque para cada modelo vendido em Portugal   

Não desesperes companheiro ;)

Moreno.

Acabo de me aperceber que não vais pagar as peças por isso esquece a opção que eu falei do aftermarket...

A minha opinião sobre as motas chinesas e coreanas é a que reflete o preço -fraca.
Tenho uma, de modo que posso dize-lo com frontalidade sem pensarem que é mania.
Corro o risco de cometer uma grande injustiça ao misturar marcas chinesas com coreanas, mas a verdade é que sobre as chinesas não sei grande coisa, para não dizer mesmo NADA.

O principal problema, para além da falta de qualidade evidente na maioria das marcas e modelos, reside no serviço pós-venda em geral: a assistência é fraca e sem conhecimentos específicos, a representação é fraca e o fabricante também não tem os meios que nos habituam as marcas maiores.
Nos concessionários e oficinas pequenas, por norma, reina a confusão e a desonestidade, pelo que um cliente com uma marca destas passa a vida desconfiado para não dizer enganado.

Enquanto a relação preço/qualidade continuar a compensar, e a meu ver a maioria das marcas coreanas que por ai anda compensa e bem (Keeway, Daelim, Hyosung), não se pode deixar de aconselhar uma mota destas. Mas quem compra corre sempre o risco de acontecerem coisas menos boas, como falta de respostas sobre garantias e falta de stock de peças.

Nesta minha pequena dissertação excluo a Sym que tem já o eu lugar por entre as marcas conceituadas, e a Kymco, que também já se distancia bastante do que habitualmente rotulamos de coreano ou chines (talvez hajam mais uma ou outra).

Por isso, companheiro... não desesperes, defende bem os teus interesses, mas lembra-te que tens algo que muito provavelmente merece mais cada cêntimo que pagaste por ela do que muitas motos de marcas japonesas ou europeias.
Boa sorte.