Dúvidas iniciais: Distancia, Equipamento e afins

Boas malta.

Andei a ler bastantes tópicos e as mais diversas opiniões, no entanto continuo com uma(s) questão(ões). É o seguinte, estou muito inclinado para comprar a minha primeira 125 muito em breve mas as dúvidas prendem-se com o seguinte:

1) A 125 "aguenta" tiradas diárias de +/- 80km? Ou seja, trabalho a cerca 40km de casa, circulo por estradas nacionais e parte de um IC, e para este cenário, a 125 dá conta do recado? À partida não irei utilizar autoestradas (as únicas mais perto de mim ou é a Via do Infante ou a A1 e mesmo para chegar a elas...). Quando referi anteriormente o "aguentar" era neste sentido.

2) Em termos de mota, estou inclinado para a Honda CB125R, será esta uma boa opção para se iniciar neste mundo (para uma pessoa como eu que nunca andou de mota)? Antes que me falem de scooters (por exemplo a Honda pcx), eu eliminei-as da equação por causa dúvida anterior.

3) Que equipamento imprescindível devo comprar (para alem do combo capacete+luvas+casaco)? Há alguma(s) marca(s) a evitar? Mochilas (aquelas que se prendem no peito, tipo as de caminhada), há algum impedimento de as usar?


Sei que há aqui questões que já foram discutidas vezes sem conta, mas voltei a colocar para sentir mais seguro. Aproveito para comunicar ao moderador e/ou admin que os links para os topics de ajuda (este tópico), não funcionam.


Obrigado a todos desde já.
Abraço
Miguel

Boas malta.

Então, ninguém com uma resposta de algibeira às minhas questões? 

MacgyverPT escreveu:Boas malta.

Andei a ler bastantes tópicos e as mais diversas opiniões, no entanto continuo com uma(s) questão(ões). É o seguinte, estou muito inclinado para comprar a minha primeira 125 muito em breve mas as dúvidas prendem-se com o seguinte:

1) A 125 "aguenta" tiradas diárias de +/- 80km? Ou seja, trabalho a cerca 40km de casa, circulo por estradas nacionais e parte de um IC, e para este cenário, a 125 dá conta do recado? À partida não irei utilizar autoestradas (as únicas mais perto de mim ou é a Via do Infante ou a A1 e mesmo para chegar a elas...). Quando referi anteriormente o "aguentar" era neste sentido.

2) Em termos de mota, estou inclinado para a Honda CB125R, será esta uma boa opção para se iniciar neste mundo (para uma pessoa como eu que nunca andou de mota)? Antes que me falem de scooters (por exemplo a Honda pcx), eu eliminei-as da equação por causa dúvida anterior.

3) Que equipamento imprescindível devo comprar (para alem do combo capacete+luvas+casaco)? Há alguma(s) marca(s) a evitar? Mochilas (aquelas que se prendem no peito, tipo as de caminhada), há algum impedimento de as usar?


Sei que há aqui questões que já foram discutidas vezes sem conta, mas voltei a colocar para sentir mais seguro. Aproveito para comunicar ao moderador e/ou admin que os links para os topics de ajuda (este tópico), não funcionam.


Obrigado a todos desde já.
Abraço
Miguel

1 - uma vez fui buscar uma AJS Daytona a Miranda do Douro e vim nela até Faro. Isto para dizer que se a estimares, ela aguenta mais kms que a viagem de 140kms na 125 (cuidado com o piso)

2 - Uma excelente escolha 

3 - Além do combo mencionado, na minha opinião (e esta vale o que vale) deves optar calçado de boa qualidade e que te proteja o tornozelo. Quanto à mochila, uso muitas vezes

Passa aqui e podes ver o que o grupo anda a "magicar" https://moto125cc.forumotion.com/t5760-algarve-encontros-passeios-e-mergulhos

papatango escreveu:

MacgyverPT escreveu:Boas malta.

Andei a ler bastantes tópicos e as mais diversas opiniões, no entanto continuo com uma(s) questão(ões). É o seguinte, estou muito inclinado para comprar a minha primeira 125 muito em breve mas as dúvidas prendem-se com o seguinte:

1) A 125 "aguenta" tiradas diárias de +/- 80km? Ou seja, trabalho a cerca 40km de casa, circulo por estradas nacionais e parte de um IC, e para este cenário, a 125 dá conta do recado? À partida não irei utilizar autoestradas (as únicas mais perto de mim ou é a Via do Infante ou a A1 e mesmo para chegar a elas...). Quando referi anteriormente o "aguentar" era neste sentido.

2) Em termos de mota, estou inclinado para a Honda CB125R, será esta uma boa opção para se iniciar neste mundo (para uma pessoa como eu que nunca andou de mota)? Antes que me falem de scooters (por exemplo a Honda pcx), eu eliminei-as da equação por causa dúvida anterior.

3) Que equipamento imprescindível devo comprar (para alem do combo capacete+luvas+casaco)? Há alguma(s) marca(s) a evitar? Mochilas (aquelas que se prendem no peito, tipo as de caminhada), há algum impedimento de as usar?


Sei que há aqui questões que já foram discutidas vezes sem conta, mas voltei a colocar para sentir mais seguro. Aproveito para comunicar ao moderador e/ou admin que os links para os topics de ajuda (este tópico), não funcionam.


Obrigado a todos desde já.
Abraço
Miguel

1 - uma vez fui buscar uma AJS Daytona a Miranda do Douro e vim nela até Faro. Isto para dizer que se a estimares, ela aguenta mais kms que a viagem de 140kms na 125 (cuidado com o piso)

2 - Uma excelente escolha 

3 - Além do combo mencionado, na minha opinião (e esta vale o que vale) deves optar calçado de boa qualidade e que te proteja o tornozelo. Quanto à mochila, uso muitas vezes

Passa aqui e podes ver o que o grupo anda a "magicar" https://moto125cc.forumotion.com/t5760-algarve-encontros-passeios-e-mergulhos

Olá, Miguel

Bem vindo ao fórum!

Lamento a demora em obteres uma resposta, mas, infelizmente, parece que tem que ser sempre os velhos a responder. A malta nova vem aqui obter informações e depois... Bom, depois vai andar de mota e borrifa-se para os que vem a seguir também pedir ajuda.

Faço minhas as palavras do Papatango, especialmente na questão da qualidade do piso. Evita buracos e gravilha ou pedras soltas no caminho, sempre que possível. E se tiveres mesmo que passar sobre os mesmos, evita torcer a direção, travar ou acelerar nessa altura.

E já que estamos neste assunto, a qualidade dos pneus é fundamental, especialmente com o piso molhado. Não sei que pneus traz a Honda CR125R, mas em princípio não são os pneus da marca "Sabão Molhado" que vem com algumas das motas de preço mais "simpático" ("enganador" talvez seja o termo mais correto). Já beijei o chão à custa de uns pneus desses e o conserto na mota não foi coisa pouca. Além de que não faltou muito para o carro que vinha atrás não me ter passado a ferro.

Aliás, uma coisa que vais descobrir é que o que dá mesmo medo (fora as primeiras voltas) no andar de mota, não é o andar na mota propriamente em si, mas sim os condutores dos enlatados que andam na estrada, especialmente os cara que vem atrás, bem encostadinhos à mota, com o argumento de que estão a ver bem o que está à frente deles, pelo que não há problema se tiverem que fazer uma travagem de emergência. E, inclusive, alguns desses condutores são ou já foram motociclistas.  

Quando à questão da mota aguentar, aguenta sim senhor! Mas vais ter manutenção mais amiúde e a mesma não é assim tão barata, como a diferença de tamanhos entre uma mota e um carro possa eventualmente sugerir. Respeita religiosamente os intervalos da mudança do óleo e as suas especificações! Mudanças de óleo antes do tempo indicado, não faz mal. O que faz mal é o contrário.

Agora, se tu vais aguentar, isso é que já é outra história, a qual depende muito da qualidade das vias e também da maneira como os condutores dos enlatados se portam nessas mesmas vias. No antigamente, quando não havia dinheiro para se comprar um carro, o pessoal não tinha outro remédio senão aguentar, fosse qual fosse o estado da estrada, mas desses tempos dos feios, porcos e maus, já só restam os feios (e fracos ). É verdade que no antigamente o número de carros em circulação era bem menor, mas as estradas também eram feias, porcas e más.

Comprar uma Honda CR125R não é barato, mas sempre ficas com uma (boa) mota nova, a qual servirá como uma boa moeda de troca, caso mais tarde queiras subir de cilindrada. E se fores novo, esse desejo vai te picar.

Quanto a capacetes, tem cuidado que é algo que não se deve comprar sem primeiro experimentar! Não deve ficar largo na cabeça e deves conseguir suportar o seu aperto pelo menos um minuto, sem teres a sensação de que não vais aguentar usá-lo por mais 59 minutos. É normal depois o aperto do capacete afrouxar um pouco com o uso. E evita, se puderes, capacetes abaixo dos 150-200€. Geralmente são uma porcaria (e refiro-me especialmente à segurança). E antes que quem já comprou semelhantes capacetes comece a refilar, informo que a palavra "porcaria" até é uma forma meiga de adjetivação, especialmente para um certo capacete que tem as letras LS na sua denominação e custa menos de 100€. Dá-me calafrios ver malta com motas caras e potentes, tipo RR, a usar este capacete nessa versão mais barata.

Por último, no verão, usar sempre vestuário de proteção apropriado para motociclista. Isso de usar chinelos, t-shirt e calções, é meio caminho para ficares com parte da pele agarrada ao asfalto, pois cair... caímos todos nós! Felizmente, geralmente é a baixa velocidade, mas há que pensar sempre se acontecer a uma velocidade assim não tão baixa...

Se sempre te mandares para a Honda CR125R, depois não te esqueças de abrir um diário de bordo aqui e deixar pelo menos uma foto da "menina". As fotos regalam os olhos dos velhos e o texto ajuda malta mais nova que também se vai meter na aventura das motas.

Boas curvas!

Boas.

Obrigado a "ambos os dois" pelas respostas/dicas. Como dizia o Jack o Estripador, vamos lá então por partes.


@papatango

A questão de aguentar era o uso meio "intensivo" (digamos assim) de tal quilometragem diária. Talvez os estafetas façam mais que isso, não sei, mas como do meu bolso sei eu, daí estar com essa dúvida afim de fazer algumas contas de cabeça aos gastos. O piso, circulo entre o alentejo (Mértola) e toda a faixa junto ao rio daí para baixo e as estradas estão ligeiramente melhores que a N125 após as obras de requalificação entre VRSA e Tavira. Tirando isso, não é mau de todo e terreno de terra batida não está pensado em meter lá a mota (para isso tenho as bicicletas de BTT).

Quando à mochila, não tens problemas com a deslocação do ar? Ou seja, a mochila não te foge para os lados? O tópico em questão da malta do Algarve, já ando por lá perdido, espero depois puder juntar à malta.



@Trigueiro

Com a massificação das redes sociais a malta quer respostas para as suas dúvidas quase on the fly e esquece-se que, se ele obteve resposta foi porque alguém respondeu, logo os papéis para a próxima questão podem (e devem) ser invertidos. A há muita gente que se esquece disso. Eu sou do tempo do IRC e do uso de fóruns e prefiro este último para ter informação guardada e arrumada de forma orientada do que em redes sociais que ao fim de uns dias a informação já anda dispersa por lá... Será mais um "velho do restelo" por cá? A ver vamos (como dizia o cego).

Se com uma bicicleta eu já tenho cuidado para não ir ao chão (e as vezes que fui nem foi preciso ir a baixa velocidade, só mesmo parado com os pés encaixados no pedal) e sei o que custou não só a nível físico, riscos na bicicleta e o orgulho ferido, nem imagino numa mota! Sei que para isso os pneus contam muito, e neste quisito, que marcas são mais fiáveis? Se fosse em BTT (e de carro) sabia, mas agora de mota... Bem as marcas mais conceituadas devem ter pneus para motas...

Os gastos com a manutenção, claro que com um uso mais intensivo o material se desgasta mais rápido (é como tudo), mas mesmo assim ainda pode ficar mais dispendiosa que a de um carro? O meu carro foi para a oficina e até agora já marchou 2 pneus, óleo caixa velocidades, pastilhas, travões, fole eixo das rodas da frente e ainda falta a correia de distribuição... Na mota ainda pode ser mais caro? Tinha ideia que ficava mais em conta, mas... Quem está por dentro do assunto saberá melhor do que eu.

Em relação à mota em si, a ideia (e opção) recai para a Honda, não só pelo renome da marca, como também há representante da marca ca no sul perto de VRSA, daí ser a opção principal. No entanto não descarto nem KTM nem Yamaha, mas... Das reviews que já vi por esses youtubes da vida, mais tenho a certeza que a Honda é a opção mais acertada... Mas até à compra propriamente dita, ainda posso mudar de ideias (caso se justifique).

Equipamento, o capacete tinha já ideia que menos de 200€ era para esquecer... ou esquecer ou não ter amor à vida! Quanto ao resto, pois a seu tempo irei pedir recomendações sobre marcas e ou modelos. Para já era mesmo para ter uma ideia de qual equipamento imprescindível tinha que comprar.

Com a compra da burra, irei abrir o tópico correspondente e criar um diário de bordo, tal como as restantes, apenas com uma diferença... Está será a "minha mota" eheheh


Grande abraço
Miguel

Olá, MacGyverPT

Custos de manutenção: O custo à hora de manutenção de uma mota numa oficina da Honda não anda muito longe do de uma oficina de carros oficial. No fim de contas, trabalho é trabalho, seja numa mota, seja num carro. O mesmo se aplica às oficinas de esquina.

Eu faço a manutenção das minhas motas e só coisas muito complicadas, ou para as quais não tenho as ferramentas ou suspeitas do que possa estar mal, é que me socorro de uma oficina generalista, que por acaso é explorada por um ex-mecânico chefe da Honda (e é ex porque a primeira representação oficial da Honda na minha terriola fechou portas).

O problema com as motas é que geralmente precisam de manutenção mais amiúde. E muitas vezes resultante das tais quedas que damos com a mota parada ou quase parada... Outro pormenor é que há coisas de manutenção que são diferentes dos carros, como o ter que se olear de vez em quando os cabos do acelerador e embraiagem, mas esta parte já não é nada de novo para ti, se costumas andar de bicicleta BTT.

No entanto, numa coisa vais poupar. É na quantidade do óleo usado entre cada revisão. Nos carros mais pequenos (1000cc), gastas geralmente entre 3 a 4 litros. Numa mota 125cc, gastas entre 0,75 a 1,5 litros. O preço do óleo geralmente anda por volta dos 12,5 a 15€ o litro (preço do óleo Mobil 10W40 que uso nas minhas motas). Mas motas maiores já usam mais óleo! A minha DragStar 650 gasta quase tanto óleo como o velho Yaris que existe em minha casa.

Quanto aos filtros de ar e de óleo, a diferença de preços entre filtros de marca e piratas por vezes é abissal (pode chegar a diferenças de 3 a 4 vezes). Aí cada um sabe de si! Se há diferenças entre filtros da marca e piratas? Há. Eu sou dos que não tem problemas em abrir os filtros para ver como são construídos por dentro, e assim comparar uns com os outros, mesmo que isso implique sujar as mãos e fazer uma grande porcaria. Aliás, se os filtros forem novos, dá para fazer também essa comparação sem os abrir, mesmo com os filtros de óleo. O mais importante é mudar os filtros sempre que seja correto. E por correto entenda-se também o mudar o filtro do óleo sempre que se muda o óleo. Um filtro de óleo pirata geralmente custa entre os 5€ os 10€, consoante o tamanho desse  filtro e dependendo também se é de aplicação interna no motor ou de aplicação externa. Os preços dos filtros de ar já não mais altos. Tenho a ideia de que um filtro de ar original para a minha XJ600N é acima dos 40€.

Nota: Nas minhas motas já usei filtros de marca e piratas. Geralmente uso estes últimos só quando não há originais à venda e não quero ficar à espera, não sei quantos dias (quando não é semanas...), pela chegada de um filtro novo original.

Outro pormenor que ajuda a conservar um motor é o uso de gasolina 98. Sim, a maioria dos motores de motas de hoje em dia usam eletrónica e estão concebidos para o uso de gasolina 95, mas o que é certo é que a detonação extemporânea (ou precoce...) é algo que aumenta na sua probabilidade de acontecer quando maior for a rotação do motor e os motores das motas não são propriamente motores de trabalhar a baixos regimes (excetuando-se Harleys e algumas afins, como as motas da família Star [DragStar, WildStar, etc] da Yamaha). Mas, hei, há por aqui malta com motas com mais de 100 000Km que só usou gasolina 95 nas suas motas.

E com isto chegamos a outro tópico muito importante. O tópico das velas!

As velas a usar são as recomendadas pelo fabricante. Ponto final, parágrafo!

Há muitos "engenheiros de teclado" por essa internet fora que acham que sabem de uma velas melhores para a tua futura mota, seja ela qual for. No caso de motores com eletrónica, esta está programada para funcionar com um determinado tipo de vela, que o engenheiro da marca disse para se usar. O resto são devaneios e nem vou perder mais tempo com isto.

E muito cuidado com o uso de velas erradas, mesmo até em motores a carburador. Pode resultar num conserto caro! Isso sucedeu com uma Yamaha BWS que comprei usada para o meu filho, a qual vinha com uma vela errada sem que eu me tivesse apercebido, e, por causa disso (mas não só), o motor aquecia demais (bem que a mota andava que se fartava). A brincadeira do arranjo do motor custou-me mais de 500€.

Por falar em alterações, usa o escape de origem. Há um vídeo no YouTube, do qual já coloquei o link neste fórum ( https://moto125cc.forumotion.com/t11846-a-importancia-do-escape-original?highlight=escape ), onde explicam tim-tim por tim-tim porque é que se deve usar o escape de origem ou, em alternativa, o escape de marca conceituada e concebido só para aquela mota.

O problema é que há muita malta, geralmente miúdos, que sente que a grande realização da vida deles será, quando puserem as mãos numa mota, alterarem imediatamente o escape. E ninguém lhes tira essa ideia da cabeça! É que em vez de comprarem um Akrapovic original e correto para a sua mota, por falta de €€€ geralmente compram mas é um escape pirata (gostava de ter 1€ por cada escape Akrapovic falsificado que há à venda só em Portugal), o qual vai desgastar lentamente o motor, até este ser um motor precocemente envelhecido. Isto leva tempo a suceder, razão pela qual os ditos miúdos não associam o que fizeram há uns meses atrás, ao que lhes está a suceder agora com o motor das respetivas motas. Acresce também que geralmente os escapes mais abertos, mesmo que seja um Abrekobrasebixos original, fazem o motor perder um pouco de torque a baixas rotações, uma faixa de funcionamento do motor muito importante da circulação em cidade. Estás avisado!

Falemos agora de algo que já abordaste - os pneus! Nas minhas motas só entram Metzeler e Michelin. Os Metzeler tem a vantagem de serem mais informativos do que os Michelin, mas não sei se aderem mais do que estes últimos em piso molhado. E nem ando com vontade, e nem com tempo (€€€), para fazer o tira teimas a ver qual deles adere mais. Pelo menos usa os pneus que o fabricante recomenda para a tua mota. O preço dos pneus varia, mas um conjunto de dois pneus bons para mota frequentemente atinge e supera os 200€, quando não ultrapassa dos 300! E se fizeres uma condução desportiva, prepara-te para veres esses pneus gastarem-se num piscar de olhos.

Acima de tudo, evita deixar a mota à chuva!!! Duas das minhas motas (só compro usadas) vieram com problemas que se originaram pela entrada de água da chuva no depósito de combustível. Esse foi o motivo pelo qual os respetivos donos as venderam, pois não percebiam o que estava a passar-se de errado com o funcionamento dos respetivos motores.

Aliás, a Honda CR125R deve ter, por baixo e ligeiramente ao lado da borracha vedante do bucal do tampão do depósito de combustível, um orifício que comunica com um tubo de metal (ou de plástico, se for esse o material do depósito de combustível dessa mota), que atravessa de cima para baixo o interior desse depósito, ligando na face inferior do mesmo a um tubo de borracha, do qual dirige-se em direção ao chão e para onde pinga a água da chuva ou o excesso de gasolina que se acumule por debaixo do tampão do depósito de combustível, no momento de abastecer. O problema é que esse tubo é fino e rapidamente entope com detritos, especialmente nos depósitos de combustível que são de metal (geralmente presentes em motas mais antigas), devido a criarem ferrugem no seu interior. Logo que esse tubo ladrão entupa, temos a água da chuva e das lavagens da mota a acumularem-se por debaixo do tampão do depósito de combustível e, de seguida, a entrar para dentro deste último, sem que nos apercebemos disso. A partir daí, é uma carrada de problemas com o funcionamento do motor, até resolvermos o problema da entrada de água no depósito de combustível. Por isso, a manutenção desse tubo desentupido é um pormenor muito importante da manutenção que, infelizmente, muita oficina de mecânica de mota se esquece de fazer.

Nota: Em motas em que o bucal de abastecimento de combustível faça saliência para fora no respetivo depósito, este tubo ladrão não costuma existir, pois nesse caso a água da chuva não consegue entrar para dentro do depósito de combustível.

Outro problema da chuva é especialmente o rápido enferrujamento da bainhas (os tubos cromados) dos amortecedores. São bem caras (de 125€, para cima, por cada bainha pirada, e de 300€ para cima, para cada bainha original). No caso do amortecedor traseiro, a solução em caso de ferrugem é a substituição de todo o amortecedor, coisa que geralmente ultrapassa os 300€ ou mesmo os 500, consoante a mota. Daí a necessidade de não se deixar a mota à chuva e de se lubrificar, pelo menos com WD40, as bainhas dos amortecedores dianteiros, os mais expostos à humidade.

Acresce igualmente que os escapes enferrujam (ainda não inventaram os escapes de plástico ) e são bué de caros. E bota bué nisso!

Esta conversa já vai longa, mas já dá para perceberes as motas são quase tão exigentes, em termos de requererem atenção, como as mulheres. Felizmente, ainda são um nadinha mais baratas.

No meio da Bíblia que escrevi acima, esqueci-me de falar da operação de manutenção mais frequente na grande maioria das motas. A manutenção da corrente!

Como usas bicicletas de BTT, não me vou alongar este assunto.

Mas se houver algum detalhe mais importante na dita manutenção, chuta aí!

@papatango

A questão de aguentar era o uso meio "intensivo" (digamos assim) de tal quilometragem diária. Talvez os estafetas façam mais que isso, não sei, mas como do meu bolso sei eu, daí estar com essa dúvida afim de fazer algumas contas de cabeça aos gastos. O piso, circulo entre o alentejo (Mértola) e toda a faixa junto ao rio daí para baixo e as estradas estão ligeiramente melhores que a N125 após as obras de requalificação entre VRSA e Tavira. Tirando isso, não é mau de todo e terreno de terra batida não está pensado em meter lá a mota (para isso tenho as bicicletas de BTT).

Quando à mochila, não tens problemas com a deslocação do ar? Ou seja, a mochila não te foge para os lados? O tópico em questão da malta do Algarve, já ando por lá perdido, espero depois puder juntar à malta.

Em relação à mochila, como uso com as correias na zona do peito e abdómen apertadas, ela não sai do sitio e continua como que colada nas costas

De VRSA a Mértola só tens estrada boa até Alcoutim. Pela variante ou pelo rio (eu faço muitas vezes esta última pois a minha família é de Martinlongo). Só mencionei a distância pois se não fizeres uma condução demasiado agressiva, a moto aguenta bem. 
Houve uma altura que trabalhei em Tavira fazia desde faro todos os dias e ela aguentou bem

Passa nos meus DB's (estão os links logo aqui abaixo) para perceberes. E sim, ainda não abri o último para a Black Beauty (uma Yamaha Bolt)

Abraço

Que mochila é que está a usar, Patatango?

Por acaso é um dos equipamentos que já pensei em adquirir.

Trigueiro escreveu:Que mochila é que está a usar, Patatango?

Por acaso é um dos equipamentos que já pensei em adquirir.

 Uma da Decathlon

ERa dessas da decathlon que me referia (daquelas de 20L - Dá para carregar um pequeno portatil e a marmita com o almoço)

MacgyverPT escreveu:ERa dessas da decathlon que me referia (daquelas de 20L - Dá para carregar um pequeno portatil e a marmita com o almoço)

A minha é de 40L. Carrega um pouco mais... Mas com te digo, não tenho nenhuma chatice por a usar

Também tinha dúvida em relação ao volume dela e com a deslocação do ar, mas sendo assim fico mais tranquilo.

em ultimo caso, sempre podes por uma top case