Perda da garantia

Boas, não sei se estou no lugar certo, sou novo por aqui, mas recentemente adquiri uma Benelli TNT 125 2023. Comprei-a nova e já fiz pouco mais de 800km. A minha pergunta é a seguinte, eu comprei uma ponteira em que não preciso de soldar nem cortar nada, é desapertar a original e colocar a nova. Dia 29 deste mês vou fazer a revisão dos 1000km e queria saber se perco a garantia se trocar a ponteira. Acham que deva esperar até fazer a revisão e depois trocar ou não terá qualquer risco de implicarem com isso? 

Agradeço qualquer resposta e visão da vossa própria experiência com situações igual ou semelhantes.

Abraço

Depende...

Se compraste a ponteira do escape onde compraste a mota, provavelmente não vão abrir a boca, pois sabem que os danos no motor por alterações do escape não costumam surgir de um dia para o outro e, no entretanto, passaram os dois anos da garantia (ou agora as garantias são de 3 anos?).

Mas para estares com receio, é porque essa ponteira não deve ter sido comprada lá, certo?  

Mete a ponteira original na mota, antes de ir lá mudar o óleo da rodagem. E muito cuidado que os primeiros 2 a 3 óleos devem ser mudados exatamente quando diz o fabricante e usando-se sempre o óleo que este recomenda!

E por falar em alterações de escape, dá uma olhada neste tópico --> https://moto125cc.forumotion.com/t11846-a-importancia-do-escape-original?highlight=escape

Antes de mais obrigado pela resposta. De facto não comprei la a ponteira. Confesso que nem me ocorreu que la pudessem ter disso a venda, apesar de fazer todo o sentido que tenham. Na verdade eu gosto bem mais da ponteira original, mas sinto que precisava de um pouco mais de som pois a moto é pequena e por vezes sinto que os carros que circulam acabam por “não me notar”. Já tive dois sustos no caminho para o trabalho e gostava de me fazer notar um pouco mais por esse mesmo motivo. Não percebo muito (para não dizer nada) de mecânicas nem performances, mas toda a gente me disse que a ponteira por si só não traz nenhum tipo de problemas para a moto, e foi também para evitar problemas que decidi não alterar a linha de escape completa e optar apenas pela ponteira. Quanto aos óleos, o meu plano é levar a moto a concessionária onde a comprei para fazer todas a revisões e sempre dentro do previsto pela marca da própria moto.

Agradeço a dica de voltar a colocar a ponteira original antes de la ir fazer a revisão, estava com a ideia de la ir com isso montado na fé que não implicassem, mas nunca fiando.

Concordo em absoluto com o Trigueiro, mas...
Porque é que há sempre tanta gente a falar de ponteiras, panelas, Akrapovics (e o raio que o parta)?
Se calhar, consegue-se tirar mais uns cavalos do motor?
Será?
SIM!
Basta olhar para a Ducati Desmosedici, que debitava mais do que 250 hp/litro a 17.000 rpm (o equivalente a mais de 30 hp para um motor 125 cc)... à custa de uma "pequena" equipa de uns 50 engenheiros, a trabalhar o ano inteiro e pagos a peso de ouro!
Portanto, quem quiser largar uns milhões de euro para ter 30 hp na sua 125, em vez de subir de cilindrada... faça favor (há desempregados que agradecem)!
Mas é preciso uma equipa de GP para conseguir tirar mais 1-2 hp do motor?
NÃO!
A questão (para além de problemas legais) é saber quanto tempo é que se pretende que o motor aguente?
Quem não tiver amor à sua moto, pode sempre usar "combustíveis que não se encontram nas bombas da Galp" (nitrometano, nitroglicerina dissolvida em álcool, etc.) e tirar 60 hp de um motor 125 cc (que provavelmente terá que ser mudado ao fim de 400 m, como nas corridas de Dragsters)!

Voltando aos escapes, os motores 2T são "sintonizáveis", isto é, pode-se variar a rotação a que se obtem a potência máxima (e a curva de potência) ajustando a linha de escape. Só que as coisas são diferentes nos motores 4T, em que quase nada altera seja o que for por estarem tão optimizados! O problema é que passaram a "mito urbano" coisas como "o escape Caganovitche dá mais 2 hp" e "as motos vermelhas andam mais"!

Antes de continuar, fica aqui uma pergunta: De que serve um escape a fazer mais barulho (para além de ficarem com problemas auditivos 10 anos mais cedo) se o condutor do enlatado estiver ao TLM ou tiver uma aparelhagem com 200 W, daquelas que se ouve o som cá fora a 200 metros de distância?
O que é que acontece quando alguém começa a falar alto num restaurante?... Toda a gente passa a falar alto!
Em vez de fazerem barulho (e os condutores subirem o nível do som do rádio) mostrem-se! Olhem para o rectrovisor do enlatado até ter a certeza que estão a ser vistos! Se não for seguro ultrapassar... não ultrapassem! Pensem que, com um pouco de sorte, ele vai ser apanhado pelo próximo radar e vocês não!

Já sei que há certas coisas que são características de certas idades. Por exemplo, se não me falha a memória, há cerca de 50 anos havia alguém, não me lembro onde e quem, que comprou rotores e estatores de aspirador e rebobinou um motor de aspirador para 12 V, de modo a fazer um compressor para um motor 1200 cc, porque não havia turbos genéricos (esse alguém gostava muito de embirrar com uns tais 1602 que havia na altura; um dia o filho disse-lhe "já o cansaste", e o consumo de gasolina deminuiu para os habituais 6 l/100 km).

joaoscf10 escreveu:Antes de mais obrigado pela resposta. De facto não comprei la a ponteira. Confesso que nem me ocorreu que la pudessem ter disso a venda, apesar de fazer todo o sentido que tenham. Na verdade eu gosto bem mais da ponteira original, mas sinto que precisava de um pouco mais de som pois a moto é pequena e por vezes sinto que os carros que circulam acabam por “não me notar”. Já tive dois sustos no caminho para o trabalho e gostava de me fazer notar um pouco mais por esse mesmo motivo. Não percebo muito (para não dizer nada) de mecânicas nem performances, mas toda a gente me disse que a ponteira por si só não traz nenhum tipo de problemas para a moto, e foi também para evitar problemas que decidi não alterar a linha de escape completa e optar apenas pela ponteira. Quanto aos óleos, o meu plano é levar a moto a concessionária onde a comprei para fazer todas a revisões e sempre dentro do previsto pela marca da própria moto.

Agradeço a dica de voltar a colocar a ponteira original antes de la ir fazer a revisão, estava com a ideia de la ir com isso montado na fé que não implicassem, mas nunca fiando.

Ora, aí está um comentário de um verdadeiro motociclista! Para mim, motociclista é aquele que todos os dias ou quase todos os dias anda de mota. Os que andam de mota só ao fim de semana e quando faz sol, gostam de se auto intitular de motards...


Bom, é melhor eu , antes que se inicie aqui uma  .


@Joaoscf10

Uma coisa que possivelmente vais descobrir mais tarde é que também quanto maior e mais potente é a mota, mais visível é o motociclista e a sua "montada". Acresce também o respeitinho dos condutores dos enlatados, que já não se atrevem tanto a executar manobras perigosas junto do motociclista.

E quando vires, pelo espelho retrovisor, uma mulher ao volante, cheia de pressa para ir levantar o filho da creche ou chegar ao cabeleireiro antes que ele feche, desarreda para o lado ou ela passa por cima de ti!

Trigueiro escreveu:

joaoscf10 escreveu:Antes de mais obrigado pela resposta. De facto não comprei la a ponteira. Confesso que nem me ocorreu que la pudessem ter disso a venda, apesar de fazer todo o sentido que tenham. Na verdade eu gosto bem mais da ponteira original, mas sinto que precisava de um pouco mais de som pois a moto é pequena e por vezes sinto que os carros que circulam acabam por “não me notar”. Já tive dois sustos no caminho para o trabalho e gostava de me fazer notar um pouco mais por esse mesmo motivo. Não percebo muito (para não dizer nada) de mecânicas nem performances, mas toda a gente me disse que a ponteira por si só não traz nenhum tipo de problemas para a moto, e foi também para evitar problemas que decidi não alterar a linha de escape completa e optar apenas pela ponteira. Quanto aos óleos, o meu plano é levar a moto a concessionária onde a comprei para fazer todas a revisões e sempre dentro do previsto pela marca da própria moto.

Agradeço a dica de voltar a colocar a ponteira original antes de la ir fazer a revisão, estava com a ideia de la ir com isso montado na fé que não implicassem, mas nunca fiando.

Ora, aí está um comentário de um verdadeiro motociclista! Para mim, motociclista é aquele que todos os dias ou quase todos os dias anda de mota. Os que andam de mota só ao fim de semana e quando faz sol, gostam de se auto intitular de motards...


Bom, é melhor eu , antes que se inicie aqui uma  .


@Joaoscf10

Uma coisa que possivelmente vais descobrir mais tarde é que também quanto maior e mais potente é a mota, mais visível é o motociclista e a sua "montada". Acresce também o respeitinho dos condutores dos enlatados, que já não se atrevem tanto a executar manobras perigosas junto do motociclista.

E quando vires, pelo espelho retrovisor, uma mulher ao volante, cheia de pressa para ir levantar o filho da creche ou chegar ao cabeleireiro antes que ele feche, desarreda para o lado ou ela passa por cima de ti!

Quando digo pequena estou mesmo a referir-me ao tamanho da moto em si, Benelli tnt 125, parece mesmo uma moto de brincar. De qualquer das formas estou a adorar a minha pequena e primeira moto. Consumos (para o que andei nela) impecáveis, ágil, e não me rouba espaço nenhum na garagem. Em termos da ponteira original, acho difícil qualquer ponteira aftermarket ser mais bonita na moto (na minha opinião) pois aquelas duas saídas são um toque mesmo giro a moto mas la está, era a questão de um pouco mais de som que eu sentia falta.
Curiosamente, esses dois sustos que citei a caminho do trabalho foram duas mulheres, em dias diferentes mas em situações idênticas em que eu ia na via da esquerda a efetuar uma ultrapassagem e as bem ditas senhoras sem olhar para o retrovisor (ou olhar mas ignorar) decidem meter-se a minha frente sem um pisca sem nada. 
Mas graças a Deus a pequena Benelli trava bem..

Quando tens dúvidas se o condutor(a) que vais ultrapassar percebeu que iniciaste a manobra de ultrapassagem, dá um toque no apito! No carro, é raro eu sentir a necessidade de o fazer, mas de mota, especialmente na minha 125, faço-o muitas vezes. Bom, muitas, muitas vezes não é, porque é raro eu atrever-me a ultrapassar um carro com a minha 125.