Arrancar com a mota fria vs deixar o motor aquecer

Esta é mais uma daquelas questões fraturantes que costuma dividir concensos, e aparentemente até marcas.

Os manuais das motas (e até dos carros) dividem-se nas instruções sobre a operação a frio dos motores. O manual da Daelim Roadwin 125 FI (injecção eletrónica) indica o seguinte:

Manual da Daelim Roadwin 125 FI escreveu:<QUANDO O MOTOR ESTÁ FRIO>

1. Feche o punho do acelerador e prima o motor de arranque.
2. Quando o motor estiver em funcionamento, abra e feche o acelerador repetidamente e com suavidade até que o motor esteja quente.

[...]

NOTA

* Não faça funcionar o motor ao ralenti durante muito tempo, visto que pode provocar danos no motor, além de originar um excesso de consumo

No entanto o manual da Yamaha XJ6 indica:

Manual da Yamaha XJ6 escreveu:
Coolant temperature - Conditions - What to do

Under 39 ºC - Message "Lo" is displayed. - OK. Go ahead with riding
40-116 ºC - Temperature is displayed. - OK. Go ahead with riding

[...]

Starting the engine

[...]

NOTICE: For maximum engine life, never accelerate hard when the engine is cold!

O que indica o vosso manual? E como é que procedem habitualmente?

Eu normalmente ligo o motor enquanto visto as luvas e arranco calminho até o motor atingir temperaturas acima dos 50-60 ºC. Se tenho as luvas interiores para vestir normalmente dou o desconto e visto um par, ligo o motor, e visto o outro par.

Creio que é conhecido de todos que os óleos só atingem a plenitude das suas propriedades lubrificantes na temperatura de serviço do motor, mas o que interessa é a forma como lá se chega.

Gurus de mecânica, eu vos invoco! 

Bem, isto é o que diz o manual da Superlight:

Superlight escreveu:Don't make any rushing out with cold engine. It is recommended to warm it out, driving at a limited speed during the first kilometers of the ride.

Isto é o que eu digo:
- Colocar a mota a trabalhar com o starter sem tocar no acelerador. Se necessário fechar o ar, mas não mexer no acelerador.
- Depois de o motor pegar, apenas se notar o ritmo do motor demasiado baixo (quase que se consegue perceber as voltas da cambota) é que se dá uma pequena e suave aceleração, e depois deixar novamente ao ralenti, que agora já fica mais estável.
- Arrancar com o motor já quente, mas claro, não fazer acelerações a fundo nos primeiros kms.

Isto é o que eu faço:
- Colocar a mota a trabalhar com o starter sem tocar no acelerador (no verão). Se necessário (no inverno) fechar o ar, e dar um toque de acelerador apenas no momento do starter premido.
- Depois de o motor pegar, apenas se notar o ritmo do motor demasiado baixo (quase que se consegue perceber as voltas da cambota) é que se dá uma pequena e suave aceleração, e depois deixar novamente ao ralenti, que agora já fica mais estável.
- Arrancar com o motor já quente, mas claro, não fazer acelerações a fundo nos primeiros kms.

A minha opinião:
Todos os motores devem aquecer uns minutos antes de entrarem num ritmo normal de funcionamento (excluindo os motores elétricos).
Claro que esses "minutos" devem mesmo ser só isso, uns minutos, pois caso contrário e uma vez que nas motas os motores estão projetados para funcionarem com o veículo a deslocar-se (excluindo os refrigerados a ar forçado - ex: Vespas), o tempo a mais poderá originar sobreaquecimento do motor.

My 50cent!

Votado!!! E o que faço, enquanto ponho o capacete, luvas ajeito o casaco etc... deixo a MMDM Deauville a trabalhar no ralenti e depois ando devagar nos primeiros kilometros!!!
Abraço.

SL125 escreveu:Bem, isto é o que diz o manual da Superlight:

Superlight escreveu:Don't make any rushing out with cold engine. It is recommended to warm it out, driving at a limited speed during the first kilometers of the ride.

Isto é o que eu digo:
- Colocar a mota a trabalhar com o starter sem tocar no acelerador. Se necessário fechar o ar, mas não mexer no acelerador.
- Depois de o motor pegar, apenas se notar o ritmo do motor demasiado baixo (quase que se consegue perceber as voltas da cambota) é que se dá uma pequena e suave aceleração, e depois deixar novamente ao ralenti, que agora já fica mais estável.
- Arrancar com o motor já quente, mas claro, não fazer acelerações a fundo nos primeiros kms.

Isto é o que eu faço:
- Colocar a mota a trabalhar com o starter sem tocar no acelerador (no verão). Se necessário (no inverno) fechar o ar, e dar um toque de acelerador apenas no momento do starter premido.
- Depois de o motor pegar, apenas se notar o ritmo do motor demasiado baixo (quase que se consegue perceber as voltas da cambota) é que se dá uma pequena e suave aceleração, e depois deixar novamente ao ralenti, que agora já fica mais estável.
- Arrancar com o motor já quente, mas claro, não fazer acelerações a fundo nos primeiros kms.

A minha opinião:
Todos os motores devem aquecer uns minutos antes de entrarem num ritmo normal de funcionamento (excluindo os motores elétricos).
Claro que esses "minutos" devem mesmo ser só isso, uns minutos, pois caso contrário e uma vez que nas motas os motores estão projetados para funcionarem com o veículo a deslocar-se (excluindo os refrigerados a ar forçado - ex: Vespas), o tempo a mais poderá originar sobreaquecimento do motor.

My 50cent!

Na minha Yamaha TW 125 é praticamente impossível fechar o ar quando a ligo. Ela simplesmente morre... Tenho de abrir o ar todo e ela mesmo o vai fechando sozinha. Se eu rodar o punho, por muito pouco que seja e ela ainda não estiver à temperatura dela, ela vai logo a baixo.      Isto tambem acontece com as vossas meninas?

depende da idade da beldade.....

a minha já requer alguns cuidados eh eh eh eh 

fechar o ar para o arranque..... e deixar aquecer um pouco!!!!!

Votado

Vota tudo no mesmo. 

Boas pessoal

Aposto que de verão em dias super BRASA é logo de gás à tábua e em tronco nú para a praia he,he,he

A julgar pelos cometários que têm aparecido, estou a ver que devia ter esclarecido melhor o meu voto.

Com a Cygnus, faço assim:
- Só depois de equipado é que lhe salto para cima, mas, entre carregar no "start" e chegar à estrada, tenho um "longo caminho" (10 metros) a percorrer, porque é preciso quase dar 50 cambalhotas e fazer 10 inversões de marcha para conseguir passar entre um compressor, o enlatado do meu filho, uma bicicleta, um machado, um escadote, uma enchada, um ancinho, etc.
- Quando finalmente consigo chegar ao caminho de terra, já o motor (arrefecimento a ar) está meio-quente. Mesmo assim, os cerca de 250-300 m no caminho de terra são feitos em velocidade reduzida (mais que não seja... para não ir ao chão no primeiro buraco).
- Quando finalmente chego à N125, entro em velocidade de cruzeiro, que, naquele sítio, é andar a 50 - 70 - 50 km/h (estão lá os sinais respectivos à entrada da rotunda).
- Tirando os 200 m à saída da rotunda, em que não há limitação específica de velocidade, depois tenho cerca de 800 m em povoação, pelo que posso acelerar tanto quanto queira logo que isso seja legalmente autorizado, porque o motor já está mais do que quente.

Com a Aquila, quando chego de manhã ao pé dela, faço assim (atenção que a Aquila é uma moto, mas podem tirar ideias para outras coisas):
- Começo por lhe dizer "Bom Dia".
- Ponho o capacete em cima do meu assento.
- Faço-lhe uma festa no depósito.
- Enfio-lhe a chave na tranca da direcção e destranco-a.
- Enfio-lhe a chave na ignição.
- Entretanto, vou sempre falando com ela (coitadinha... esteve quase 12 horas sem falar comigo).
- Abro o alforge direito, com toda a suavidade, começando pelo fecho da frente, depois o fecho de trás, depois a presilha da frente, depois a de trás, levanto-lhe a tampa e deito-a sobre o assento da pendura.
- Enfio as duas mãos no alforge e tiro as joelheiras, que começo por atirar (tipo Tango) para cima do capot do enlatado (que está mesmo ao lado). Nota: se houver previsão que vá estar a chover MUITO (mais do que 1 mm/h) tiro as calças impermeáveis em vez das joelheiras.
- Nesta altura ela gosta que lhe diga umas palavrinhas doces.
- Volto a enfiar as mãos no alforge e tiro as luvas.
- Fecho o alforge, procedendo por ordem inversa ao que descrevi acima a propósito da sua abertura.
- Coloco as joelheiras (ela gosta mais das calças impermeáveis, porque fico aos pulinhos para as enfiar, como se estivesse a dançar para ela, mas, à falta de melhor, já fica contente com o procedimento de colocar as joelheiras).
- Ajusto o blusão e coloco o capacete com a viseira levantada.
- Salto-lhe para cima.
- Endireito-a.
- Dou-lhe com o calcanhar esquerdo no descanso lateral.
- Abano-a para ter uma ideia mais correcta da quantidade de gasolina no depósito.
- Rodo a chave na ignição.
- Carrego no "start".
- Carrego 3 vezes no botão esquerdo para ajustar a intensidade da iluminação do painel.
- Calço as luvas, o que demora cerca de 1 minuto com as de Inverno novas, para conseguir ajustar os canos sobre as mangas do blusão e apertar os 2 ajustes que cada luva tem.
- Apesar da moto ter ficado outra depois da revisão dos 6.000, dou-lhe um "toque de punho direito" se o motor não estiver a trabalhar "redondo" a meu gôsto.
- Faço "marcha-a-trás", para a tirar do local de estacionamento.
- Carrego na embraiagem e dou uma pantufada para baixo na alavanca das mudanças.
- Baixo a viseira do capacete.
- Aproximo-me do portão da garagem e carrego no botão de abertura.
- Saio lá para fora e espero que o portão feche.
- E aí vamos nós... muito devagarinho nos primeiros 300 m.
Resumindo:
- Desde que carrego no "start" até meter a 2ª, isto é, até precisar de andar a mais de 20 km/h, vão cerca de 3 minutos.
- Não peço à menina mais do que 10-20 hp até a temperatura estar no "normal" (3 traços no painel).
- Quanto aparece o 3º traço... o melhor é sairem-me da frente porque, vai-não-vai, passa-me uma coisa pela cabeça e ainda não sei bem como é que aquilo se pára!

Esse relato quase que precisava de uma bolinha vermelha no canto superior vermelho... 

... e fez-me pensar na minha rotina matinal... Descer para a garagem já de blusão (e por vezes calças, de mota ou de chuva... pensavam o quê? Que ia de boxers? ) vestido, capacete na mão com as luvas lá dentro. Pousar as luvas no assento, tirar os óculos, colocar o capacete, repô-los e de seguida tirar as chaves do bolso para tirar o cadeado do disco de trás e o arrumar debaixo do banco. Colocar a chave na ignição e destrancar a direcção enquanto acciono o interruptor de corte de corrente. (neste momento a braço) Abrir o portão da garagem, rodar a chave, observar a inicialização do quadrante que parece sempre dizer "vamos divertir-nos? ", pressionar o botão de arranque e ouvir aquele ronronar rouco de quem acorda de manhã e aclara a voz, enquanto esboço o meu sorriso de "já lá vamos...". Visto as luvas com calma (gosto de as encaixar bem nos dedos, calcar bem o espaço entre dedos, apertar o velcro de forma confortável mas firme e ajustar os punhos do blusão. Tudo pronto... salto para cima da PIX e endireito-a. Hummm sabe bem... puxo-a para trás a pedir ajuda aos amortecedores da frente, o resto vai com ajuda dela enquanto meto a 1a com aquele clank característico e rodo ligeiramente o acelerador para sair da garagem como se fosse um cachorrito de cauda a dar a dar pronto para a brincadeira. Desmonto, fecho a garagem (farto disto...), volto a montá-la, ligo a cam, e digo-lhe "Vamos lá...  "

Bruummm, com calminha enquanto entro na estrada e me ponho de pé para ajeitar "tudo lá em baixo" e me volto a sentar enquanto faço a curva larga lá ao fundo e vou descendo mais um km'zito até à saída da cidade e entrada na via rápida. Até posso tentar ir devagarito, mas ela puxa sempre por mim...  

Vamos lá...!

Pois é...
Há por aqui umas "malucas" que nos tiram do sério!

Claro que também há as "senhoras"... aquelas que certos donos dizem que não criam ferrugem! (Ups... não posso ir a Ovar).

Para os "putos" (portanto só estou a falar para quem tenha menos de 30 anos) que andam em "coisas parecidas com motos" (portanto não estou a falar para quem tenha uma Aquila), fiquem a saber que já há APP para badamersmartmóveis que permitem ligar o aquecimento do assento à hora a que quizerem... para o "coiso" não ficar muuuuuuuito pequenininho quando se sentam!

Para os "putos" não ficarem muito zangados comigo, desde já informo que os Coreanos deviam ter metido um esgôto no meio do banco da Aquila... é que fico com a "fruta" toda molhada assim que começa a chover!

Bem, eu como quando chego a garagem já estou equipado deixo aquecer um pouco, na Pegaso vejo no termómetro quando já esta minimamente quente, no chaço quando o ralentim estiver bom e se aguentar bem.

votei na 1ª opção mas explico

claro que enquanto a mota aquece eu equipo-me.
chego à mota e de imediato coloco-a a trabalhar.
depois disso abro a top case, retiro capacete, luvas (se necessário luvas interiores e balaclava). coloco a bolsa tira colo lá dentro e fecho a top.
enfio o casco na carola e as luvas nas mãos. (já tentei nos pés mas não deu grande jeito). (se necessário calço as luvas interiores e visto a balaclava.
aperto o casaco e voilá, como faço isto nas calmas passaram cerca de 2 minutos.
galgo para cima dela e faço os 10 metros até à rampa de saida da garagem. carrego no botão para abrir o portão e lá vao quase mais 30 segundos que o gajo é lento à brava.
subo a rampa, páro, e carrego no botão para fechar a garagem (não vá algum larápio meter-se lá para dentro). mais 30 segundos.
e pronto, sigo viagem.
passaram 3 a 4 minutos desde que coloquei a mota a trabalhar.

Faço utilização do sistema de injecção eléctronica.
Enquanto a mota aquece, com o motor acelerado, vou-me vestindo.
Tento, sempre que não tenha muita pressa, esperar para arrancar, até que o motor chegue perto dos 50º.

Pelo menos deixo aquecer no mínimo 5 minutos.

Se não vou a por a 1ª e ela vai dormir ;-) 

Habituei-me que ao Mercedes 190 d que por si só acelera as rotações e quando baixa já se pode andar.
Tenho um 1km ou mais logo de subida e arrancar a frio e se fizer o carro não tem força.

Por isso, mesmo que tenha pressa, pelo menos 5 minutos ela que vá aquecendo e quando começo a andar vou devagar e depois a pouco e pouco vou aumentando.

Espero que as rotações do motor baixem até ficar a trabalhar certinho. Geralmente, apenas o tempo de pôr capacete, luvas e fechar o blusão.